Ministro afirma que investigação não foca em punir quem critica integrantes do Supremo
O criticado inquérito das fake news voltou a ser publicamente defendido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com ele, a investigação é séria. Não é, conforme defendeu em entrevista divulgada na manhã de hoje, “picuinha” por parte dos integrantes da Corte.
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“É muito mais grave do que as pessoas achavam e continuavam achando”, disse Moraes ao participar da 15ª edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. “Às vezes as pessoas acham que é picuinha, e eu já ouvi muito isso, porque estão xingando o Supremo Tribunal Federal”, prosseguiu o ministro ao ser entrevistado pela jornalista Natuza Nery, comentarista da GloboNews.
“Se fosse por crítica ou xingamento ao Supremo Tribunal Federal, esse inquérito iria até a lua”
“Se fosse por crítica ou xingamento ao Supremo Tribunal Federal, esse inquérito iria até a lua”, comentou o magistrado, ciente de que a popularidade do STF não é a das melhores junto à população brasileira. “Nada disso [volume de ofensas à Corte] é investigado”, enfatizou. Ele não explicou, entretanto, por quais razões as medidas adotadas até aqui no âmbito das fake news atingem figuras críticas ao Supremo, como a suspensão de perfis em redes sociais.
Fake news profissionais
No sentido do inquérito das fake news, Alexandre de Moraes afirmou que há em curso investigação sobre o que ele define como “milícias virtuais profissionais”. De acordo com o ministro, há processos que envolvem fake news que passam por grupos organizados em disseminar conteúdos e chegam até o crime de lavagem de dinheiro por meio de contribuições on-line.
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