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Anvisa segue sem dados sobre ‘segurança e eficácia’ da CoronaVac

Agência divulga nota após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prometer aplicação da vacina a partir de janeiro

coronavac X anthony wong - anvisa - China

CoronaVac está sendo desenvolvida em São Paulo | Foto: Divulgação/Instituto Butantan

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não pode seguir os passos do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e prometer que a CoronaVac será aplicada já em janeiro de 2021. Em nota divulgada à imprensa na noite desta segunda-feira, 7, o órgão garantiu não ter base científica para liberar o imunizante contra a covid-19 desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.

Leia mais: “Apesar do número irrisório, governo de SP fala de vacinação em massa na China”

No conteúdo divulgado, a equipe da Anvisa explica que a falta de informações sobre a vacina se deve pela ausência de relatório sobre o andamento do projeto. Ação de responsabilidade do Instituto Butantan. “Não foram encaminhados dados relativos à fase III, que é a fase que confirma a segurança e eficácia da vacina. Esse dado é essencial para a avaliação tanto de pedidos autorização de uso emergencial quanto pedidos de registro”, diz trecho do comunicado da Anvisa.

Em entrevista à emissora CNN Brasil, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, admitiu que há ainda dados a ser repassados à Anvisa. Ele garantiu que isso ocorrerá em 2020, precisamente até 15 de dezembro.

Órgão regulador

A Anvisa funciona como órgão regulador. Nenhum medicamento ou vacina pode ser comercializado ou aplicado no Brasil sem a devida autorização da agência. Caso o registro da CoronaVac não seja feito até 25 de janeiro, data prometida por Doria, ela não poderá ser aplicada — nem mesmo que somente no Estado de São Paulo.

Leia também: “A verdade sobre a CoronaVac — Entenda a tecnologia produzida pela Sinovac, os riscos que envolvem a vacina chinesa e o cenário real de produção de imunizantes”, matéria de capa da Edição 32 da Revista Oeste produzida pela editora Paula Leal.

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