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“Agências ambientais têm que passar por recuperação”, diz Mourão

Para o vice-presidente, um dos grandes problemas da Amazônia é a ausência da presença do Estado

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Para vice-presidente Hamilton Mourão, Forças Armadas devem apenas ajudar agências ambientais nos esforços pela conservação e modernização da Amazônia | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, o vice-presidente Hamilton Mourão, que lidera os esforços do governo federal no território amazônico, afirmou que há uma preocupação genuína com o legado de preservação que será deixado pela geração atual para os brasileiros no futuro.

“O tema da sustentabilidade, da preservação do meio ambiente, é um tema do século 21”, afirmou. “Nossa geração precisa ter a capacidade de manter os recursos naturais do planeta para que nossos filhos e netos continuem a fazer uso desse bem, que é um bem comum a todos.”

As Forças Armadas, segundo Mourão, são uma importante manifestação do Estado brasileiro em uma área vasta e de ecossistema denso, difícil de ser integralmente coberta por qualquer tipo de serviço.

“Um dos grandes problemas da Amazônia é a ausência da presença do Estado”, explicou Mourão. “O Estado brasileiro não se faz presente da forma que deveria ser. A única presença estatal que temos lá, praticamente, são as Forças Armadas. Além da missão de garantir as fronteiras, temos apoiado as agências que têm a responsabilidade de fiscalização ambiental na região”.

Para Mourão, a região amazônica – que compreende 60% de todo o território do país – necessita de atenção tanto no desenvolvimento econômico, quanto em incentivos sociais de conscientização e de regularização de atividades que podem ser consideradas predatórias e danosas ao meio ambiente.

Para tanto, agências regulatórias e fiscalizatórias da região precisam ser resgatadas e remodeladas, de maneira a serem independentes do suporte militar que atualmente é fornecido.

“A nossa visão, como gestores do Estado brasileiro, é que as agências ambientais têm que passar por um processo de recuperação da capacidade operacional”, observou o vice-presidente. “Nós herdamos essas agências com efetivo extremamente reduzido. Os instrumentos de trabalho precisam ser modernizados”.

Conservação e modernização

Segundo Mourão, toda polêmica surgida em 2019 sobre a alta do desmatamento e das queimadas na região poderá ser suprimida por resultados positivos crescentes, que se propaguem através de um longo e consistente plano de conservação e modernização da região.

“Não podemos prometer algo que não temos condições de cumprir” disse. “Nossa visão clara é que no próximo ciclo de acompanhamento e monitoramento precisamos ter índices menores de queimada e desmatamento dos anos anteriores. Há um planejamento estratégico que sinaliza a médio e longo prazo o que deve ser feito na Amazônia”.

Mourão também destacou que a Amazônia já tem uma área que chamou de humanizada, onde houve o encontro da população com a floresta e que é preciso explorar essa região de forma consciente, regenerar áreas que estão devastadas e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade.

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