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Entre tapas e beijos: a relação de amor e ódio entre o poder e a imprensa

Quatro momentos em que jornalistas e governantes chegaram (ou quase chegaram) às vias de fato

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O presidente Bolsonaro | Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO

“Eu tô com vontade de encher sua boca na porrada”, disparou Jair Bolsonaro no domingo, 23, contra um repórter que lhe perguntou sobre os depósitos que teriam sido feitos por Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michele Bolsonaro. Infelizmente, o rompante do presidente não é um fato isolado quando o assunto é a relação de amor e ódio entre a imprensa e o poder.

Do general Newton Cruz a Ciro Gomes, passando por Lula e pelo atual presidente, confira a seguir quatro momentos em que jornalistas e governantes chegaram (ou quase chegaram) às vias de fato.

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Em 2018, Ciro Gomes xingou, pediu a prisão e deu um soco num repórter durante um evento da campanha presidencial. “Vai pra casa do Romero Jucá, seu filho da puta”, disse o então candidato, dando as costas ao jornalista.

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Numa entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o jornalista Larry Rohter contou como foi a ameaça de expulsão que recebeu de Lula em 2004, depois de escrever sobre as preferências etílicas do ex-presidente.

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Em 1994, também no Roda Viva, Orestes Quércia, ex-governador de São Paulo, subiu o tom ao ser questionado pelo jornalista Rui Xavier sobre a origem de seu patrimônio. “Canalha!”, começou, dando início a uma sequência de impropérios. “Você é um canalha! Safado! Malandro!”

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Em 1983, depois que um repórter lhe perguntou se tinha havido retrocesso na democracia, o general Newton Cruz, comandante militar de Brasília, perdeu a calma. “Não houve retrocesso coisa nenhuma”, disse, irritado. “O que é democracia? Democracia é aplicação da lei. A lei foi aplicada, então não houve retrocesso.”

Com a insistência do jornalista, o general mandou um “então cala a boca” e saiu andando. Em seguida, deu meia-volta e partiu para cima do repórter aos gritos de “canalha”.

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