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Araújo responde a Maia: ‘Brasil e EUA estão na vanguarda da solidariedade ao povo venezuelano, oprimido pela ditadura Maduro’

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, emitiu uma nota neste sábado dizendo que as críticas do presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), à visita do secretário de Estado dos EUA ao estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela, baseiam-se em “informações insuficientes e em interpretações equivocadas”.

Araújo lembrou que os EUA já doaram US$ 50 milhões para a Operação Acolhida — coordenada pelo Exército brasileiro para abrigar venezuelanos que atravessam a fronteira fugindo da crise econômica e política em seu país. Ele informou que ontem, durante a visita, o secretário Mike Pompeo anunciou mais US$ 30 milhões para a operação, o que chamou de “quantia vultuosa”.

“Brasil e Estados Unidos, portanto, estão na vanguarda da solidariedade ao povo venezuelano, oprimido pela ditadura Maduro”, disse o chanceler do governo Bolsonaro na nota.

Araújo também criticou a diplomacia brasileira para a Venezuela de governos anteriores: “A triste história da diplomacia brasileira para a Venezuela entre 1999 e 2018 constitui exemplo de cegueira e subserviência ideológica, altamente prejudicial aos interesses materiais e morais do povo brasileiro e a toda a América Latina”, escreveu, referindo-se ao período posterior à eleição de Hugo Chávez.

Na sexta-feira, Maia chamou a presença de Mike Pompeo de uma “afronta” às tradições da política externa brasileira. Para ele, o Brasil “deve preservar a estabilidade de fronteiras e o convívio pacífico com os países vizinhos”.

Maia também citou a Constituição Federal e afirmou que o país precisa seguir os princípios de independência nacional, autodeterminação dos povos, não intervenção e defesa da paz nas suas relações com outros países. Já Araújo lembrou que a diplomacia também deve guiar-se pela “prevalência dos direitos humanos”, segundo a Constituição.

A vinda do representante do governo de Donald Trump, que esteve também no Suriname e na Guiana e seguiu para a Colômbia, teve como principal objetivo discutir a situação na Venezuela, e acontece a pouco mais de um mês da eleição presidencial americana de 3 de novembro.

A visita aconteceu num contexto em que Trump busca os votos da comunidade latina do estado da Flórida, em especial cubanos e venezuelanos exilados, e em que se discute a participação ou não da oposição venezuelana nas eleições legislativas convocadas pelo governo de Nicolás Maduro para 6 de dezembro.

Desde o início de 2019, em coordenação com os Estados Unidos e países como a Colômbia, o governo brasileiro reconheceu o deputado opositor Juan Guaidó, então eleito presidente da Assembleia Nacional, como “presidente interino” da Venezuela.

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