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Vídeo: Bolsonaro defendeu que o Supremo determinasse abertura de CPI em 2007

Inconformado com a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que determinou a instalação da CPI da Covid no Senado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu, quando era deputado federal, que o Supremo Tribunal Federal (STF) abrisse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o setor aéreo.

“Eu espero que o Supremo tenha, apesar do que eu falei aqui, é o Supremo… Espero que tenha uma decisão lá voltada para a razoabilidade e deixe instalar a CPI”, disse o presidente em entrevista à TV Câmara em 2007.

Na época, o plenário do Supremo determinou a instalação da comissão, mas a Câmara não levou a criação da CPI do Apagão Aéreo adiante. O deputado Onyx Lorenzoni, atual secretário-geral da Presidência, estava entre os parlamentes que pediram a criação da CPI no STF.

Após 14 anos

Quatorze anos depois, agora como presidente da República, Bolsonaro atacou Barroso por uma decisão com base nos mesmos critérios de 2007.

“A CPI que Barroso ordenou instaurar, de forma monocrática, na verdade, é para apurar apenas ações do governo federal. Não poderá investigar nenhum governador, que porventura tenha desviado recursos federais do combate à pandemia”, postou Bolsonaro em suas redes sociais. “Barroso se omite ao não determinar ao Senado a instalação de processos de impeachment contra ministro do Supremo, mesmo a pedido de mais de 3 milhões de brasileiros. Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política.”

Barroso ordenou ontem que o Senado instale a chamada “CPI da Covid”, que tem o apoio de mais de um terço dos senadores, mas sofria resistência do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), aliado do Palácio do Planalto. A exemplo da CPI, a análise sobre pedidos de impeachment de ministros do STF cabe ao Senado e depende de aval de Pacheco.

Ao falar com apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro adotou um tom ainda mais duro, e acusou o magistrado de promover uma “jogadinha casada” com a oposição ao seu governo. “Uma jogadinha casada entre Barroso e bancada de esquerda do Senado para desgastar o governo. Eles não querem saber o que aconteceu com os bilhões desviados por alguns governadores e uns poucos prefeitos também”, afirmou o presidente.

“Barroso, nós conhecemos seu passado, sua vida, como chegou ao Supremo Tribunal Federal, inclusive defendendo o terrorista Cesare Battisti (italiano extraditado em 2019 após ser condenado por homicídios em seu país). Use a sua caneta para boas ações em defesa da vida e do povo brasileiro, e não para fazer politicalha dentro do Supremo”, completou o presidente, cobrando a abertura de impeachment contra ministros da Corte.

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