A guerra das vacinas
O “duelo” é um retrato da qualidade miserável em que afundou o debate político no Brasil nos dias de hoje Foto: Divulgação/Agência Brasil
(J.R. Guzzo, publicado no jornal Gazeta do Povo em 18 de janeiro de 2020)
A eleição presidencial de 2022 ainda está longe, e tentativas de adivinhar hoje o que vai acontecer daqui a dois anos são ótimas candidatas a quebrarem a cara. Apesar dessas evidências, o noticiário político está carregado de previsões sobre quem está ganhando e quem está perdendo. Tudo bem: eleição é assim mesmo, com muita fumaça e pouco fogo até a hora em que as coisas começam a ficar sérias de verdade. Não adianta brigar com isso.
Imagina-se, no momento, que as vacinas contra a covid — a “vacina do Doria” de um lado do ringue, e a “vacina do Bolsonaro” no canto oposto — vão...