O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi novamente atacado por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A bola da vez foi Edson Fachin, que sem citar nomes, disse que está em andamento no país um “projeto autoritário”.
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Para ele, as eleições de 2022 colocaram em disputa dois projetos: um que ele caracterizou de “autoritário” e outro ligado à “agenda de 88”, ao se referir à Constituição promulgada naquele ano.
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“Creio que a sociedade brasileira precisa se preparar para fazer uma escolha entre essas duas agendas e esses dois projetos. E isso, na via da democracia deliberativa, se dará em 2022” — declarou.
Ao longo de sua fala, realizada durante uma live promovida pela Universidade Federal do Paraná nesta segunda-feira (31), ele caracterizou o que seria essa “agenda autoritária”.
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“Uma agenda em raízes de elogio à ditadura civil-militar, uma agenda, portanto, de mentes autoritárias, de menosprezo à democracia, de menosprezo a questões vitais, como meio ambiente, povos indígenas, quilombolas” — disse Fachin
“De uma agenda que mistura o nome de Deus com negócios do Estado e uma agenda que tem uma política armamentista, que desrespeita as instituições democráticas, que ofende a imprensa, que escolhe inimigos externos e que busca, entre outras coisas, o controle da educação e do ensino” — pontuou.
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Como é de conhecimento público, o presidente Jair Bolsonaro se elegeu sobre o apoio maciço de religiosos e, em várias ocasiões, elogiou e defendeu abertamente o período do Regime Militar Brasileiro (1964 a 1985).