quarta-feira, maio 1Notícias Importantes
Shadow

Projeto para taxar grandes fortunas avança na Argentina

Deputados aprovam proposta sobre o tema, que seguirá para o Senado

Alberto Fernández - Argentina - projeto de taxar grandes fortunas

O presidente da Argentina, Alberto Fernández | Foto: JOKA MADRUGA/SITE DO PT

Proposta defendida pelo presidente Alberto Fernández a respeito de novo tipo de imposto avança no Poder Legislativo da Argentina. Trata-se do projeto sobre taxação de grandes fortunas. O tema foi aprovado pelos deputados nesta quarta-feira, 18.

Leia mais: Lockdown põe a Argentina entre os países com mais mortes por coronavírus”

A votação acabou com 133 deputados favoráveis ao projeto. Resultado nem tão folgado, pois 115 votaram contra — e dois parlamentares se abstiveram. Com aprovação por parte da base governista, o projeto seguirá para o Senado. Por lá, ainda não há previsão de quando a proposta será analisada.

Entusiasta da ideia de se taxar grandes fortunas, Fernández já fez até projeção do quanto essa ação resultará em mais dinheiro para a máquina pública do país. Segundo o presidente argentino, a iniciativa renderá aproximadamente US$ 3 bilhões a mais na arrecadação.

Uma ideia…

A questão é uma tentativa do governo de esquerda em recuperar a economia da Argentina. Em recessão desde 2018, conforme relembra o portal G1, o país negocia novo pacote de ajuda junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), órgão a projetar tombo de 11% no Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina.

… Acertada?

Experiências em outros países mostram, no entanto, a ineficácia de se tentar aumentar o caixa do Estado em decorrência da taxação de grandes fortunas. Alemanha e França, por exemplo, tiveram experiências negativas nesse sentido. A razão é até simples: em vez de aceitar passivamente pagar mais impostos, os detentores das grandes fortunas partem para investir em outros mercados.

“O pessoal levava o dinheiro para os vizinhos”

“Quando a Alemanha tinha o imposto, o pessoal levava o dinheiro para os vizinhos, que não tinham [esse tipo imposto]“, observou, em 2018, Isaías Coelho ao portal UOL. Ex-consultor do FMI, ele é professor e coordenador do Núcleo de Estudos Fiscais da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo.

*O espaço para comentários é destinado ao debate saudável de ideias. Não serão aceitas postagens com expressões inapropriadas ou agressões pessoais à equipe da publicação, a outro usuário ou a qualquer grupo ou indivíduo identificado. Caso isso ocorra, nos reservamos o direito de apagar o comentário para manter um ambiente respeitoso para a discussão.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como posso te ajudar?