O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta quinta-feira, 25, que o Ministério das Relações Exteriores está “muito aquém do desejado para o Brasil”. Questionado se defende a saída do atual ministro Ernesto Araújo, ele disse que a troca é prerrogativa do presidente da República.
Em coletiva de imprensa, Pacheco considerou que houve muitos erros no enfrentamento da pandemia e que, um deles, foi o não estabelecimento de uma relação diplomática, de produtividade, com diversos países. Segundo ele, “ainda está em tempo de mudar para salvar vidas”.
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“Senado não é lugar de brincadeira, é lugar de trabalho. Ali nós estávamos buscando soluções e informações de um ministério que está muito aquém do desejado para o Brasil”, disse Pacheco.
A declaração foi dada ao comentar o episódio em que um assessor especial do presidente Jair Bolsonaro Filipe Martins fez, durante sessão do Senado, um sinal com a mão, que foi interpretado como gesto obsceno ou de incitação ao ódio. O assessor nega e diz que estava somente ajeitando a lapela do paletó. A polícia legislativa apura o caso.
Declaração de Lira sobre ‘sinal amarelo’
Pacheco também comentou a fala do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre estar apertando “um sinal amarelo” para o governo. O presidente do Senado defendeu a ideia de que a declaração é “legítima” e demonstra insatisfação do Congresso com governo.
Ele espera, no entanto, que o discurso de Lira represente “uma possibilidade de solução” e que acredita que Bolsonaro também tem o anseio de “consertamos alguns pontos para poder termos de fato uma união nacional no enfrentamento dessa crise”.