Petista é denunciado em ação que envolve a Odebrecht
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá travar mais uma luta contra o Poder Judiciário no âmbito da Operação Lava Jato. Desta vez, um juiz de Curitiba recebeu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o petista, o ex-ministro Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. O órgão fala em lavagem de dinheiro.
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A denúncia da vez se dá porque, segundo entendimento dos procuradores, Lula usou o instituto que leva o seu nome para tentar dar ares legais a dinheiro de origem ilícita vindo do caixa da Odebrecht. De acordo com as autoridades, a entidade recebeu R$ 4 milhões em formato de doação por parte da empreiteira. Operação que ocorreu de dezembro de 2013 a março de 2014 e que para o MPF teve como origem contratos fraudulentos feitos junto à Petrobras.
“Ato de perseguição contra o ex-presidente“, alega a defesa do réu
Diante da situação, a defesa de Lula divulgou nota em que critica o “processo absurdo” da Operação Lava Jato. “É mais um ato de perseguição contra o ex-presidente Lula porque aceitou processar mais uma ação penal descabida, que tenta transformar doações lícitas e contabilizadas para o Instituto Lula – que não se confunde com a pessoa do ex-presidente – em atos ilícitos, durante o período eleitoral, em evidente prática de lawfare”, afirma o advogado Cristiano Zanin Martins.
Condenado
Com a denúncia recebida por Antonio Bonat, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, Lula se torna réu pela quarta vez na Lava Jato. Entre as acusações anteriores está a que envolve o triplex no Guarujá, no litoral do Estado de São Paulo. O ex-presidente foi condenado em segunda instância a mais de uma década de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Permaneceu preso por mais de um ano, mas deixou a prisão após o Supremo Tribunal Federal rever detenção após condenação em segunda instância.
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