O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou nesta sexta-feira (29) a reabertura do comércio, dos bares e restaurantes, além de academias e clubes da cidade a partir de segunda-feira (1º). Essas atividades consideradas “não essenciais” estavam fechadas desde o dia 11 de janeiro.
A decisão se baseou na queda de índices medidos pela Secretaria Municipal de Saúde. Nesta quinta-feira (28), a taxa de ocupação de leitos chegou a 76,4%. Apesar da queda, o indicador segue em alerta vermelho.
Outros dois “termômetros” monitorados pela prefeitura, leitos de enfermaria (57,2%) e número médio de transmissão por infectado (0,95), também registraram queda.
“Quero pedir desculpas mais uma vez pelo fechamento, mas, com a queda nos índices, valeu a pena”, disse o prefeito.
Segundo Kalil, a venda de bebida alcoólica em bares e restaurantes será permitida das 11h às 15h. O funcionamento pode seguir até as 22h.
Lojas de rua e shoppings vão poder funcionar de segunda a sábado. Academias também poderão voltar a funcionar, seguindo protocolos de segurança.
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Fechamento do comércio
Desde o dia 11 de janeiro, o comércio não essencial de Belo Horizonte está com as portas fechadas, numa tentativa de frear o avanço da pandemia na capital.
Esse fechamento dos serviços, o terceiro da pandemia na capital, foi anunciado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) no dia 6 de janeiro e oficializado em um decreto, publicado dois dias depois.
Além dos serviços essenciais, praças públicas permaneceram abertas, ao contrário do que aconteceu no início do ano passado com cinco grandes praças, assim como os parques públicos e o zoológico da cidade, com visitas agendadas previamente.
Protestos e questionamento na Justiça
O fechamento do comércio foi alvo de manifestações e também de questionamentos judiciais.
Um dos protestos aconteceu na manhã desta sexta-feira (29). Feito por cerca de 60 lojistas, eles fecharam parte da avenida dos Andradas, no bairro Santa Efigênia, na Região Leste de Belo Horizonte.
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No início do mês, o deputado Bruno Engler (PRTB) apresentou uma ação popular, em que alegava que as decisões da administração do município são feitas por meio de decreto, sem passar por aprovação da Câmara Municipal.
Ao julgar o caso, o juiz Wauner Batista Ferreira Machado havia decidido autorizar a reabertura do comércio a partir desta sexta-feira. Mas a prefeitura recorreu e, então, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu a decisão de primeira instância.
Atualmente, a prefeitura aguarda julgamento de recurso contra outra decisão do mesmo juiz.