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Governo federal entra na Justiça contra Globo para direito de resposta

O governo federal entrou com uma ação no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) pedindo direito de resposta à TV Globo após a exibição da edição especial do Jornal Nacional de 8 de agosto, que criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da pandemia de COVID-19 e à marca dos 100 mil mortos no Brasil.

telejornal abriu a edição com a leitura de um editorial com críticas ao trabalho do presidente.

Segundo o teor da ação, enviada nesta sexta-feira (28), a reportagem exibida no JN sobre o dever do Estado para evitar doenças contém “indevidas ilações sobre uma suposta omissão deliberada por parte do governo federal.” As informações são da revista Veja.

O governo ainda afirma que enviou uma notificação extrajudicial à Globo, mas a emissora não concedeu o direito de resposta por entender que não fez acusações diretas ao presidente. A Advocacia-Geral da União (AGU) ainda enviou um texto a ser lido no JN “a título de direito de resposta por parte da União”.

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Segundo o documento, a Rede Globo afirmou que apenas divulgou o posicionamento editorial da empresa e disse que não “não houve imputação de fato inverídico”.

Na ação, o governo alega que a reportagem do Jornal Nacional procurou responsabilizar Bolsonaro pelas mortes, o que configura uma acusação que precisa ser respondida.

“Final de Copa do Mundo”

Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro criticou a Globo pelo editorial. De acordo com ele, a rede de televisão “só espalhou o pânico na população e a discórdia entre os Poderes”.

Além disso, Bolsonaro afirmou que a emissora “desdenhou, debochou e desestimulou” o uso da hidroxicloroquina.

“O tempo e a ciência nos mostrarão que o uso político da COVID-19 por essa TV trouxe-nos mortes que poderiam ter sido evitadas”, escreveu.

Após as críticas, o chefe do Executivo finalizou dizendo que a TV Globo “festejou  a marca de 100 mil mortes de forma “covarde e desrespeitosa”, como uma “final de Copa do Mundo” e que a emissora está com saudades dos governantes que a colocavam “como prioridade ao fazer o Orçamento da União, mesmo sugando recursos da saúde e educação.”

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