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Em plena pandemia, governo do Maranhão constrói 22 ‘módulos íntimos’ em presídios

Gestores públicos reclamam da falta de leitos em hospitais, da falta de oxigênio para atender os pacientes graves, da falta de vacinas para seguir com a campanha de vacinação. Diante de tantos desafios impostos pela pandemia do coronavírus, o governador do Maranhão, o comunista Flávio Dino (PCdoB) resolveu priorizar a construção de 22 “módulos íntimos” em 11 presídios do Estados. Esses espaços servem para que a população carcerária receba visitas conjugais, mas também são usados para encontros dos presos com familiares e amigos.

Firmado entre o governo do Maranhão e a Etech Construção em 28 de janeiro deste ano, o contrato prevê que os futuros “motéis” sejam entregues em um prazo de três meses, ao custo de R$ 1,3 milhão.  A verba dos pagadores de impostos para custear a obra é federal, proveniente do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Ainda que exista previsão legal para a construção desses espaços, é questionável que em meio à grave crise sanitária, essa medida esteja na lista de prioridades do governador. O Estado do Maranhão registra mais de 212 mil casos do coronavírus e 4,8 mil mortes pela covid-19.

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Campanha de vacinação para presos

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, órgão ligado ao Ministério da Justiça, recomendou que as Secretarias de Estados incluam presos e funcionários do sistema prisional no grupo prioritário de vacinação contra covid-19.

A recomendação foi publicada no  Diário Oficial da União. Um dos argumentos para justificar o pedido é que a “população prisional apresenta uma grande vulnerabilidade a doenças infectocontagiosas, sobretudo pelo confinamento e restrição na circulação”. Enquanto isso, fora dos muros da prisão, milhões de brasileiros continuam a trabalhar para pagar a duras penas os boletos que não param de chegar. E são justamente esses que correm o risco de ficar para o fim da fila da vacinação.

Leia o contrato firmado entre o governo do Maranhão e a empresa Etech:

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