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Brasil bate recorde diário de mortes por Covid e Bolsonaro tenta se eximir de responsabilidade

O Brasil registrou recorde do número de mortes em 24 horas desde o início da pandemia, com 1.726 novos óbitos nessa terça-feira (2)  segundo o consórcio de veículos de imprensa. A média móvel de mortes pela doença também bateu recorde ao somar 1.274. A sequência de balanços altos ocorre no momento em que o país enfrenta o pico da crise causada pelo coronavírus.

O número total de mortes chegou a 257.562, de acordo com o levantamento do consórcio de veículos de imprensa, formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde. Já o registro de casos confirmados chegou a 10.647.845, sendo 58.237 contabilizados nas últimas 24 horas. O balanço mais recente foi divulgado às 20h.

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A média móvel de mortes, que registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana, bateu recorde pelo quarto dia consecutivo. Além disso, já são mais de 40 dias com a média acima da marca de 1 mil vítimas.

Estado mais afetado pelo vírus em números absolutos, São Paulo também bateu recorde nesta terça-feira ao somar 468 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, o estado chegou a 60.014 óbitos e 2.054.867 casos confirmados.

Como divulgado pelo Estadão, o governo de São Paulo avalia possibilidade de colocar todo o estado na fase vermelha, mas com escolas abertas. As novas diretrizes serão anunciadas nesta quarta-feira, 3. Entre os grandes hospitais particulares, pelo menos quatro (Einstein, Oswaldo Cruz, BP e São Camilo) afirmam que atingiram nos últimos dias 100% de ocupação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para internados com covid-19.

Segundo o governo, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 75,5% na Grande São Paulo e 74,3% no estado. O número de pacientes internados é de 16.635, sendo 9.225 em enfermaria e 7.410 em unidades de terapia intensiva.

Ainda nesta terça-feira, o Rio Grande do Sul anunciou que ultrapassou 100% de ocupação nos leitos de UTI adulto. Já são 2.824 pacientes internados em 2.818 leitos, incluindo hospitais públicos e privados. O estado vive o pior momento da pandemia, com todas as regiões em bandeira preta. Em Santa Catarina, desde o dia 21 de fevereiro, quando o Estado atingiu capacidade máxima de internação, foram registradas 16 mortes na fila por uma vaga de UTI.

Bolsonaro tenta se esquivar


Pela primeira vez após o país superar 250 mil mortes, há quase uma semana, e no dia em que o Brasil bate recorde diário de óbitos por covid-19, com 1.726 óbitos, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa e 1.641 segundo o Ministério da Saúde, O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar diretamente sobre o assunto. Mas o chefe do Executivo manteve o discurso, se eximiu de qualquer culpa sobre a condução das ações e novamente apresentou dados, sem comprovação, para minimizar os efeitos da pandemia no Brasil.

“O Brasil é o 20º país do mundo em mortes por milhão de habitantes. Têm outros países com IDH, renda e orçamento melhor que o meu em que morrem mais gente”, afirmou, para, retomar, também, a defesa do tratamento precoce da covid-19 e a criticar o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

“E por que está morrendo menos gente aqui? Tem que ter uma explicação. Seria o tratamento precoce?”, indagou. “Se ficar em casa, até sentir falta de ar, como dizia o sr. Mandetta, você vai para o hospital para ser entubado. E se for entubado, você sabe, né? Em torno de 60% a 70% das pessoas infelizmente entra em óbito”,completou o presidente antes de cobrar investimentos em mais Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Devemos investir em UTI, sim. Que salve 1%, mas você tem de investir em UTI.”

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