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Bolsonaro Anvisa AME
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do Governo Bolsonaro responsável pela definição dos preços máximos de comercialização de um medicamento no país, estipulou em R$ 2,878 milhões o valor máximo para venda do Zolgensma, conhecido como o remédio o mais caro do mundo e indicado para tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME).
Isso significa uma redução de 76,6% no valor que a droga é comercializada atualmente (cerca de R$ 12 milhões). O Zolgensma é uma terapia gênica inédita e pertence ao laboratório Novartis e é vendido nos EUA por US$ 2,125 milhões.
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A decisão da CMED foi tomada por unanimidade na última sexta-feira (4) em uma reunião extraordinária do comitê técnico executivo e foi divulgada na segunda-feira (7) pela Anvisa.
A reunião teve a participação de representantes da Casa Civil e dos Ministérios da Saúde, da Economia e de Justiça. A partir de agora, o medicamento já pode ser comercializado no Brasil, mas a Novartis ainda pode recorrer da decisão.
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Nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro parabenizou nesta quinta-feira (11) o presidente da Anvisa Almirante Barra: “Um órgão independente e que sob sua liderança vem pensando no bem estar do brasileiro acima de outros interesses”.
– Parabenizo o Presidente da @anvisa_oficial , Almirante Barra. Um órgão independente e que sob sua liderança vem pensando no bem estar do brasileiro acima de outros interesses.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 10, 2020
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A AME é uma doença genética rara, degenerativa e progressiva. Os pacientes com a doença nascem sem o gene SMN1, responsável pela produção de uma proteína que alimenta os neurônios motores, que enviam os impulsos elétricos do cérebro para os músculos. Sem essa proteína, ocorre a perda progressiva da função muscular e as consequentes atrofia e paralisação dos músculos, afetando a respiração, a deglutição, a fala e a capacidade de andar. Sem tratamento adequado, a AME pode levar à morte antes dos dois anos de idade.