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Atos pelo impeachment de Bolsonaro reúnem milhares de brasileiros em 15 capitais

Manifestações convocadas pelos grupos de centro-direita Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Livres ocorrem neste domingo (12) em ao menos 15 capitais brasileiras. Este será o primeiro evento em defesa do impeachment do presidente Jair Bolsonaro encabeçado por tais movimentos suprapartidários, que ganharam projeção durante a campanha pelo impedimento de Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Seis capitais registraram atos pela manhã, mas todos com baixa adesão. Belo Horizonte e Rio reuniram os maiores contingentes até agora. Ao ir às ruas hoje, os grupos buscam criar uma alternativa no movimento pró-impeachment de Bolsonaro ao protagonismo da esquerda – os principais partidos e entidades do setor, como o PT e o PSOL, não aderiram formalmente à ação deste domingo, mesmo depois de os organizadores abandonarem o lema “Nem Bolsonaro, nem Lula”. Centrais sindicais e o PDT de São Paulo, no entanto, anunciaram apoio às manifestações. Os protestos também pretendem ser uma resposta à presença em peso da base bolsonarista no último dia 7 de setembro.

O presidenciável Ciro Gomes discursou durante ato na Avenida Paulista. “Nós somos diferentes, temos caminhadas diferentes, temos olhar sobre o futuro do Brasil diferentes”, disse. “Mas o que nos reúne é o que deve unir toda sociedade civicamente sadia, é a ameaça da morte da democracia e do poder da nação brasileira.”

“Assumo qualquer risco e qualquer contradição para defender o povo brasileiro”, afirmou. A presença de nomes e siglas de esquerda nos atos de hoje chegou a ser criticada por setores pelo fato de as manifestações terem sido convocadas e organizadas por movimentos da direita e apresentarem por vezes ditados de “nem Lula, nem Bolsonaro”.

O governador João Doria (PSDB) defendeu a formação de uma grande frente democrática contra Bolsonaro que inclua também o PT. “Temos que estar juntos e formar uma grande frente democrática”, disse o tucano.

Questionado se subiria no mesmo palanque que os petistas, o Doria respondeu: “Não tenho dúvida disso. É uma evolução. Não é algo feito com ansiedade. Esse é o primeiro movimento a partir da liberação da quarentena (em São Paulo)”.

No último dia 7, o governador declarou-se a favor do impeachment do presidente Bolsonaro, no mesmo dia em que manifestações pró-governo federal aconteceram em todo o País. Doria voltou a defender a causa hoje: “Se Bolsonaro não receber o impeachment, ele receberá o impedimento pelo voto”, disse.

Apesar de almejarem o título de “apartidários”, os atos deste domingo também devem funcionar como um termômetro para presidenciáveis que disputam a vaga da chamada “terceira via” nas eleições de 2022. A manifestação na Avenida Paulista, que começou às 14h, teve uma reunião de concorrentes ao Executivo, como os ex-ministros Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Alessandro Vieira (Cidadania).

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