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Após uma semana, Bolsonaro dá posse a Marcelo Queiroga como ministro da Saúde

Após impasse envolvendo o destino de Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro deu posse nesta terça-feira (23) ao médico cardiologista Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde – o quarto a ocupar o cargo em seu governo. A oficialização da troca ocorreu em cerimônia reservada no gabinete do presidente. 

A nomeação foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira (23).

Queiroga foi anunciado como novo chefe da pasta na última segunda-feira (15), após explosão de novos casos e de mortes por causa da Covid-19 no país. Sua nomeação era esperada para o dia seguinte, mas não ocorreu. A posse de Queiroga ainda estava travada porque antes era preciso que ele se desvinculasse da sociedade de empresas das quais é sócio.

Além da ligação de Queiroga com as empresas, o destino do agora ex-ministro Eduardo Pazuello também travava a oficialização da mudança no comando da pasta. Uma das possibilidades em discussão no governo é Pazuello assumir a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que deve sair da Economia e ir para o guarda-chuva da Secretaria-Geral da Presidência.

Conselho

O Conselho Nacional das Secretarias de Saúde (Conass) saudou o novo ministro da Saúde,  com o alerta de que “não há tempo a perder” no enfrentamento da pandemia de Covid-19. A entidade pediu, também, que as ações do governo federal sejam “sinérgicas” com estados e municípios.

Em ofício circular a Queiroga, os secretários estaduais de Saúde não se furtaram a críticas à gestão de seu antecessor, Eduardo Pazuello, afirmando que o atraso na aquisição de vacinas e a ausência de campanhas de comunicação para reforçar a importância de medidas de prevenção agravaram ainda mais a crise. O cardiologista assume o Ministério ante uma contagem de 295.425 brasileiros mortos pelo novo coronavírus.

“É urgente a adoção de medidas que garantam a imunização de toda população, com a maior rapidez possível”, afirma o Conass por meio de seu presidente, o maranhense Carlos Lula. “Ressaltamos ainda que o Sistema Único de Saúde é de gestão tripartite, composta pelos governos federal, estaduais e municipais, assentada em diálogo permanente e decisões coletivas, visando, sobretudo, superar a emergência em saúde pública provocada pela Covid-19, através da integração de todas as estratégias cientificamente prescritas.”

A posse do novo ministro,e o envio da mensagem do Conass ocorrem horas depois de o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar pedido de liminar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que tentava derrubar decretos estaduais de medidas restritivas da Bahia, do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul.

O tom crítico à gestão da pandemia pelo Ministério da Saúde prossegue no ofício a Queiroga com a afirmação de que a população precisa, “mais do que nunca”, de coordenação nacional no enfrentamento à Covid-19, “com ações precisas, amparadas na ciência, que garantam a prevenção de novos contágios, facilitem o diagnóstico oportuno de doentes e da assistência a todos os brasileiros”.

O Conass lembra, ainda, ter alertado reiteradamente ao longo do último ano sobre os perigos da ausência de uma condução unificada e coerente de combate à pandemia. “As consequências são sentidas nos hospitais lotados, nas filas de atendimento, no luto de um número crescente de famílias”, pontua a entidade.

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