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Apesar dos atritos, Barroso descarta riscos à democracia brasileira

Barroso, entretanto, disse que fica um pouco preocupado com o número de vezes em que é perguntado sobre a possibilidade de golpes, mesmo que não haja uma causa que legitime a ruptura democrática

Barroso, entretanto, disse que fica um pouco preocupado com o número de vezes em que é perguntado sobre a possibilidade de golpes, mesmo que não haja uma causa que legitime a ruptura democrática (Antonio Augusto/Ascom TSE)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, descartou nessa segunda-feira (16) riscos à democracia brasileira, apesar do atrito entre instituições, em especial, do que chamou de ameaças pelo “populismo extremista, autoritário e golpista”. “Gosto de achar que não há risco para a democracia no Brasil porque não há nem em nome de quê se dar um golpe. Falar em perigo comunista é risível no Brasil de hoje”, disse o ministro sem citar nomes.

Barroso, entretanto, disse que fica um pouco preocupado com o número de vezes em que é perguntado sobre a possibilidade de golpes, mesmo que não haja uma causa que legitime a ruptura democrática. “Verdadeiramente acho que as instituições são sólidas e estamos atravessando uma turbulência. Mas o avião é seguro e vai conseguir pousar em 2022 com tranquilidade. Assim espero, assim desejo e para isso trabalho”, afirmou.

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Fundo eleitoral

Durante evento promovido pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa), Barroso disse que avalia como positiva a mudança sobre o financiamento de campanha e criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o “fundão eleitoral”, em outubro de 2017. Segundo o ministro, a mudança encerra período de “imoralidade administrativa”.

Apesar dos elogios, Barroso sugeriu aprimoramentos ao atual mecanismo. Segundo Barroso, deveria haver regras legais para a destinação de recursos a fim de evitar, conforme modelo atual, “poder exacerbado” a dirigentes partidários. Entre os aperfeiçoamentos, o ministro salientou a ampliação dos recursos carimbados a candidaturas específicas.

“Conseguimos carimbar recursos a mulheres e negros, com choro e ranger de dentes”, disse. “Mas é preciso ter também dinheiro reservado para novas candidaturas, para que haja renovação”.

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