A voz que marcou gerações hoje silenciou, a adoradora que tanto nos ensinou, aos 56 anos descansou.
Como diz em uma de suas canções… “Não desista, não pare de lutar, não pare de adorar”.
E ela não parou, não desistiu e até o último momento adorou. Ludmila Ferber vinha lutando contra um câncer no pulmão há 3 anos. Em março do ano passado a cantora publicou em sua rede social que por conta do aumento das células cancerígenas no fígado, precisaria suspender totalmente a quimioterapia que estava tomando há dois anos, e buscar um novo tratamento.
A notícia do falecimento da cantora veio nesta quarta-feira (26), a primeira pessoa do convívio de Ludmila a publicar sobre o acontecido foi seu tecladista, através do Instagram. A confirmação oficial veio através de Maurício Soares, diretor da Sony Music, gravadora da qual Ludmila fazia parte do Casting.
Rapidamente as homenagens de amigos e fãs tomaram conta das redes sociais e canais de divulgação. As filhas da cantora se pronunciaram a respeito nesta quinta-feira (27), através do Instagram da própria Ludmila, agradecendo a Deus por sua vida e anunciaram que será feito um culto de ação de graças, e pedirem que usassem roupas coloridas ou brancas, mas, não pretas pois, mesmo nesta hora de luto deve-se celebrar a vida!
Natural do Rio de Janeiro, onde morava até hoje com suas filhas e seu gato, Ludmila foi uma grande cantora, compositora, multi-instrumentista e pastora.
Escreveu sua primeira música aos 8 anos, estudou canto, violão e teatro, na juventude cursou letras na UFRJ, mas, não conclui pois, desejava viver de música. Aos 20 anos, converteu-se ao cristianismo em um pequeno grupo em Niterói, e desde então construiu sua vida dentro da igreja.
Foi integrante do grupo Koynonia entre 1992 a 1999 ao lado de músicos como Bené Gines, Kleber Lukas e Alda Célia.
Sua carreira solo teve início em 1996 e logo tornou-se um dos grandes nomes da música gospel. Em 1998 lançou o CD “Verdadeiro Amor” pela MK Music e as músicas mais tocadas foram “O verdadeiro Amor” e “Chegou a nossa vez”, que a apresentaram para o país.
No ano de 2000 ainda pela MK lançou “Deus é bom demais” que viralizou no Brasil, além da canção “Canção do Amigo” que até hoje é cantada em aniversários e comemorações. Em 2001 lançou a canção “Sonhos de Deus” que, foi um dos divisores de água em sua carreira e ministério.
Em 2005 o disco “Nunca pare de lutar” foi um sucesso, tocado nas rádios,
e cantado em todo o Brasil.
Ludmila também passou pela gravasora Som Livre e finalizou sua carreira na Sony Music lançando o EP “Um novo começo” em 2020, durante sua luta contra o câncer.
Seu último lançamento foi com Fred Arrais, na releitura de “Doce Presença” também pela Sony Music em Outubro de 2021. Entre suas canções de maior sucesso estão também “Ouço Deus Me Chamar”, “Nunca Pare de Lutar” e “Sopra Espírito”.
Sempre alegre, gentil, com sua voz doce Ludmila inspirava por sua fé, força, sensibilidade e confiança em Deus.
Restam agora as lições deixadas e as canções que para sempre tocarão nossos corações.
Ludmila Múrias Ferber 08/08/1965 – 26/01/2022
“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.” – 2 Timóteo 4:7