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Trabalho missionário na Itália ainda é pela internet

Apesar da Itália começar a dar sinais de recuperação na luta contra a pandemia do coronavírus, os trabalhos missionários no país ainda são realizados pela internet

A Itália começa a dar sinais de recuperação na luta contra a pandemia do coronavírus. O país que chegou a encabeçar a lista dos com mais número de infectados e mortos, já começa a interromper aos poucos o isolamento social. Grande parte das ações passou para o ambiente digital. Inclusive os trabalhos missionários.

“Estamos realizando praticamente todas as nossas atividades missionárias online. A única que tivemos que deixar até que a quarentena acabe é o nosso Projeto Social na Estação de Roma Términi”, conta o missionário Fábio Pegas.

Mais participação

Missionários da Junta de Missões Mundiais relatam mudanças e até mais participação de italianos depois que os cultos passaram a ser via internet.

“As atividades normais, como os cultos dominicais e os encontros dos pequenos grupos durante a semana foram adaptados. Estamos reunindo a igreja nos cultos online e realizando os estudos bíblicos usando as salas virtuais. Estamos também aproveitando o momento e passamos a investir mais nas mídias sociais. Temos visto que a Palavra de Deus tem alcançado mais pessoas”, observou o casal Luiz Cláudio e Denise Marteletto.

Outra novidade que as atividades online têm proporcionado é a participação maior de visitantes. “Temos tido visitantes em nossas atividades online. Somente domingo passado tivemos sete não crentes participando do culto e três aceitaram fazer discipulado online”, comemoram os missionários  Fábio e Nathalia Pegas, que moram em Roma.

Adaptações

O casal Manoel e Raquel Florêncio também conseguiu se adaptar à nova realidade e conta com a ajuda do filho na gravação e edição de vídeos para as igrejas, tanto da Itália, quanto do Brasil. Eles gravam mensagens ou fazem lives com as igrejas brasileiras onde falariam presencialmente durante o período de promoção missionária.

“Tem sido um tempo de aprendizagem, de estudo, de buscar alternativas para realizar o trabalho.Tempo de buscar mais a Deus, de pedir mais sabedoria, de depender mais de Deus, de pedir criatividade para como agir. Não tem sido fácil, mas aos poucos vamos nos adaptando”, conta o pastor Manoel Florêncio.

Aprendizagem e cuidado em família

Os missionários cuidam dos outros, mas precisam redobrar os cuidados com eles mesmos diante de um afastamento radical, que pode afetar o físico e o psicológico de muita gente.

“Depois de sete semanas de uma quarentena radical (só podemos sair para ir ao supermercado, o que estamos fazendo uma vez por semana). Cremos que seja normal que estejamos começando a sentir um certo estresse, principalmente pela falta de maiores movimentos. Mas não é nada que esteja mudando o nosso estado físico ou psicológico. Procuramos relaxar com alguma atividade entre nós, fazendo alguns rápidos exercícios e caminhadas na garagem do prédio. Espiritualmente procuramos manter a nossa rotina de devocional em família e pessoalmente aumentamos o tempo de leitura da Bíblia, oração e leitura de livros”, relata o pastor Marteletto.

Maior aproximação

Todos os missionários de Missões Mundiais na Itália estão em constante contato online com as pessoas de suas respectivas e igrejas e também as que são atendidas por projetos, mas ainda não se decidiram por Cristo. Todos são unânimes em dizer que perceberam uma aproximação maior destas pessoas; um interesse real na caminhada com Cristo.

“O relacionamento está muito bom e a impressão que temos é que os laços estão cada vez mais estreitos. Todos estão firmes na fé”, conta o pastor Fábio.

“Percebemos que o grupo se mantém coeso e não registramos nenhuma situação de afastamento ou esfriamento espiritual. E as pessoas com as quais já havíamos iniciado uma aproximação evangelística, também com essas temos mantido contato para não perdermos o que havia sido iniciado”, conta o pastor Marteletto.

Manoel e Raquel Florêncio também têm uma preocupação especial com os idosos, que muitas vezes não sabem usar a internet. Com eles a ferramenta usada é o telefone. “Temos dado assistência aos idosos da igreja através de telefonemas semanais. Eles se sentem muito sós e quando recebem uma ligação ficam muito alegres”, comenta a missionária Raquel.

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