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Para Bolsonaro, aborto na Argentina legaliza morte com ‘anuência do Estado’

O presidente Jair Bolsonaro acena durante a 27ª edição da Marcha para Jesus em comemoração ao dia de Corpus Christi, um evento que reúne um amplo espectro de congregações evangélicas, em São Paulo, 20 de junho de 2019

O presidente Jair Bolsonaro acena durante a 27ª edição da Marcha para Jesus em comemoração ao dia de Corpus Christi, um evento que reúne um amplo espectro de congregações evangélicas, em São Paulo, 20 de junho de 2019 (Miguel Schincariol/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro criticou nessa quarta-feira (30) a legalização do aborto na Argentina, afirmando que as “vidas das crianças argentinas” poderão, de agora em diante, ser “ceifadas” com “a anuência do Estado”.

“Lamento profundamente pelas vidas das crianças argentinas, agora sujeitas a serem ceifadas no ventre de suas mães com anuência do Estado”, escreveu no Twitter o presidente, que tem forte apoio das igrejas neopentecostais, fervorosamente contrárias à legalização do aborto.

“No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo. Lutaremos sempre para proteger a vida dos inocentes!”, acrescentou.

O Senado argentino aprovou na madrugada dessa quarta-feira a legalização do aborto até a 14ª semana de gestação. O presidente Alberto Fernández comemorou a decisão, afirmando que ela faz da Argentina “uma sociedade melhor, que amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública”.

No Brasil, o aborto só é permitido em casos de estupro, risco de vida para a mãe ou quando o feto tem anencefalia, uma má-formação congênita do sistema nervoso. Se realizado em outras circunstâncias, é passível de três anos de prisão.

O Supremo Tribunal Federal realizou em agosto de 2018 uma audiência pública sobre o tema. Na ocasião, a doutora Maria de Fátima, representante do Ministério da Saúde do então presidente Michel Temer, lembrou que, apesar da proibição, uma em cada cinco mulheres brasileiras já se submeteram a um aborto e que a cada ano 203 mulheres morrem e outras 250 mil são hospitalizadas por complicações em intervenções clandestinas.

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