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MP classifica como ‘deboche’ rave clandestina batizada de ‘Epidemia Trance’ em Ribeirão Preto, SP

O promotor de Justiça Wanderley Trindade classificou como “deboche” o nome de uma rave clandestina prevista para acontecer entre a tarde de sábado (26) e a noite deste domingo (27), em Ribeirão Preto (SP). A realização da “Epidemia Trance” foi impedida por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), da Polícia Militar (PM) e da Vigilância Sanitária.

“É deboche. A primeira que nós impedimos era o “Corona Trance”. Mas isso é bom, porque agrava a pena, porque a pessoa está querendo confrontar os órgãos de fiscalização, um total desrespeito”, afirma.

Uma lona decorativa com o nome ‘Epidemia’ foi instalada no palco onde os DJs se apresentariam.

A organização não foi localizada para comentar o assunto.

Flagrante

As autoridades tomaram conhecimento do evento por meio de uma denúncia anônima. Segundo Domingos Fortuna, superintendente da GCM, no momento da operação, cerca de 500 pessoas já estavam na chácara no Recreio das Acácias, zona Sul de Ribeirão Preto.

O órgão apurou que um público de 1,5 mil pessoas de diferentes regiões do Brasil era esperado. Cada ingresso foi vendido a R$ 40 e dava direito ao consumo de bebidas.

Um folheto com a apresentação do line-up previa a apresentação de DJs das 16h de sábado até as 18h deste domingo.

Rave clandestina Epidemia Trance foi impedida por autoridades em Ribeirão Preto, SP — Foto: Luciano Tolentino/EPTV
Rave clandestina Epidemia Trance foi impedida por autoridades em Ribeirão Preto, SP — Foto: Luciano Tolentino/EPTV

Segundo Fortuna, a Vigilância Sanitária também esteve no local e constatou que protocolos de segurança contra a Covid-19 não foram respeitados.

“Encontramos aqui centenas de jovens aglomerados, sem nenhum tipo de prevenção com relação a pandemia, sem máscara, sem álcool, um verdadeiro desrespeito a todas as normas, uma irresponsabilidade”, diz.

Os responsáveis pela organização da festa foram identificados e levados à delegacia para registro da ocorrência e autuação.

Jovens deixam recinto de rave clandestina em Ribeirão Preto, SP, após ação da fiscalização — Foto: Luciano Tolentino/EPTV
Jovens deixam recinto de rave clandestina em Ribeirão Preto, SP, após ação da fiscalização — Foto: Luciano Tolentino/EPTV

De acordo com o promotor Wanderley Trindade, o Ministério Público vai analisar as informações do flagrante e os organizadores devem respondem por crime contra a saúde pública, artigo 268 do Código Penal, e dano moral coletivo. A multa pode chegar a R$ 200 mil.

“Não é só irresponsabilidade, é crime mesmo e tem que ser tratado como tal”, afirma Trindade.

Por causa do aumento de casos de Covi-19 no estado, Ribeirão Preto, assim como o restante das cidades, está na fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restrita, até este domingo. A etapa não permite eventos de qualquer porte.

Em Ribeirão Preto, até quinta-feira (24), quando o último boletim epidemiológico foi divulgado, o balanço da Prefeitura apontava 38.170 pessoas infectadas pelo novo coronavírus e 940 mortes.

Centenas deixam recinto de rave clandestina em Ribeirão Preto, SP, após ação da Fiscalização — Foto: GCM/Divulgação
Centenas deixam recinto de rave clandestina em Ribeirão Preto, SP, após ação da Fiscalização — Foto: GCM/Divulgação

Festa clandestina no início da quarentena

Em março, logo após a publicação do primeiro decreto municipal de situação de emergência devido à pandemia, o Ministério Público (MP) e a Polícia Militar prenderam o organizador da festa “Corona Trance”.

Policiais militares, acompanhados de representantes do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp), Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e Vigilância Sanitária, fizeram a autuação na área de lazer no Parque Industrial Tanquinho após receberem denúncias.

Flyer de festa 'temática' do coronavírus barrada pela polícia em Ribeirão Preto, SP — Foto: Divulgação/ Ministério Público
Flyer de festa ‘temática’ do coronavírus barrada pela polícia em Ribeirão Preto, SP — Foto: Divulgação/ Ministério Público

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