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Incêndio no Pantanal: tripulante acionou botou de pane e ’em 15 segundos helicóptero estava no chão’, diz comandante da Força Nacional

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O comandante da Força Nacional, coronel Aginaldo de Oliveira, afirmou nesta sexta-feira (9) que o helicóptero da corporação atingiu o solo 15 segundos após um dos tripulantes acionar o botão de pane. A aeronave caiu no Pantanal na tarde desta quinta-feira (8), durante uma operação de combate a incêndios no Mato Grosso. Três ocupantes ficaram feridos.

“Ele [tripulante] acionou o botão de pane, e em 15 segundos o helicóptero estava no chão.”

O coronel também citou relatos de “falha mecânica”. Segundo Oliveira, no entanto, “ainda é muito cedo para falar” sobre a causa do acidente. A investigação ficará a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira.

“Foi falha mecânica, mas é muito cedo para falar. Graças ao bom Deus os três estão vivos, conscientes e hospitalizados”, disse o comandante.

A aeronave que caiu auxiliava nos trabalhos da Operação Pantanal II. A equipe havia decolado de Corumbá (MS) e estava na região de Poconé (MT) há duas semanas.

Estavam no helicóptero o comandante Renato de Oliveira Souza, da Polícia Civil do Distrito Federal (DF), o copiloto Luiz Fernando Berberick, da Polícia Civil do Rio de Janeiro (RJ), e o 2° sargento PM Emerson Miranda Martins, da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro.

Todos foram resgatados com vida e encaminhados em um helicóptero da Marinha até a cidade de Cuiabá. Eles foram internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) de Mato Grosso.

Veja imagens do resgate

Queda de helicóptero ocorreu quando equipes combatiam incêndios no Pantanal de MT — Foto: Força Nacional/Divulgação
Queda de helicóptero ocorreu quando equipes combatiam incêndios no Pantanal de MT — Foto: Força Nacional/Divulgação

Bombeiros reforçam combate a queimadas

Nesta sexta-feira (9), o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal enviou 50 militares para auxiliar no combate aos incêndios que atingem o Pantanal no Mato Grosso do Sul. Os bombeiros saíram de Brasília, por volta das 7h, em direção ao município de Corumbá (MS).

Além dos profissionais, a corporação enviou oito veículos e “diversos equipamentos para uso na operação”. Os militares que vão participar da contenção das chamas são especialistas em prevenção e combate a incêndios florestais.

De acordo com a corporação, o efetivo enviado não vai afetar a proteção da capital federal, que também sofre com incêndios.

A situação no Mato Grosso do Sul está muito mais complicada do que aqui no Distrito Federal. Eles [os bombeiros] devem ficar por lá entre duas e três semanas”, disse o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel William Bomfim.

Área destruída

Até o dia 3 de outubro, 2.160.000 hectares já haviam sido destruídos no Pantanal mato-grossense. Se somado com a área devastada em Mato Grosso do Sul, esse número chega a 3,9 milhões de hectares.

As queimadas na região duram mais de dois meses. De acordo com o Ibama Prevfogo, a área destruída representa 26% do bioma.

Equipes de vigilância e atenção especial monitoram pontos estratégicos do Pantanal para evitar que o fogo avance.

Desde janeiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou mais de 17 mil focos de calor no pantanal. Os números são maiores do que todo o ano de 2019, que registrou 10.025 focos. Um aumento de 74%.

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