A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia cobrou explicações do governo federal. A juíza deu 24 horas para que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) prestem informações acerca de supostos relatórios de caráter duvidoso. Os documentos teriam sido produzidos para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das “rachadinhas”, conforme noticiou a Revista Época. De acordo com a matéria, a papelada contém pistas de como encerrar o imbróglio jurídico.
Segundo a magistrada, o caso “é grave” e o tribunal tem entendimentos consolidados que proíbem o uso de órgãos públicos para fins pessoais. Em nota conjunta, a Abin e o GSI informaram que vão “aguardar a notificação e responder dentro do prazo estipulado”. O ministro do GSI, general Augusto Heleno, garantiu que os tais documentos são inexistentes. O diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, pediu à Advocacia-Geral da União que apresente uma interpelação judicial contra a reportagem da publicação do Grupo Globo.