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Bolsonaro faz apelo impactante a caminhoneiros, faz alerta sobre impactos para o Brasil e explica emergências

Em entrevista concedida ao chegar ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro fez um apelo impactante a caminhoneiros, explicou as consequências para o país de uma greve neste momento, assestou medidas tomadas pelo ministro Tarcísio, da Infraestrutura, e providências de Paulo Guedes, da Economia.

O chefe de Estado explanou:

“Fiz um apelo aos caminhoneiros. O Brasil inteiro perde com uma greve. Não quero culpar terceiros. Sabemos dos problemas deles. Nós fizemos, já, alguma coisa por eles. Fui à Petrobras, em cima, para pegar números. Eu não interfiro na Petrobras. O preço do combustível que é registrado lá pelo Castelo Branco, seu presidente, ele leva em conta, é atrelado ao preço do dólar. A cotação do dólar internacional e o preço do dólar internamente. No que depender de mim, a gente baixa o preço do dólar, mas está difícil.”

Ele prosseguiu:

“Diz o Castelo Branco, em nota da Petrobras, que a nossa gasolina é uma das mais baixas do G20 e do BRICS. É uma realidade diferente. Qual é a maneira de diminuir o preço? Nós acabamos com a CIDE, zeramos a CIDE. Temos o PIS-COFINS – 33 centavos no litro do diesel. Cada centavo para diminuir, eu tenho de arranjar milhões em outro lugar qualquer, ou aumentando imposto, ou criando novos impostos. É só multiplicar 33 centavos por 800 milhões, dá bilhões de reais. Eu zero. A Receita apresentou para mim onde eu poderia achar. É cobrir um santo e descobrir outro. Eu zeraria agora, imediatamente, os 33 centavos, se não tivesse a obrigação, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de compensar em outro local. Se não tivesse, eu zeraria agora, imediatamente, os 33 centavos. Eu apelo aos caminhoneiros, eles são o sangue que levam o progresso, tudo que está se movendo no país. Não é que eu vou perder. O Brasil vai perder, os senhores também vão perder. Vocês têm razão nas reivindicações. No passado, houve muita gente comprando caminhões por planos de governos anteriores. Há um excesso de caminhões na praça. Isso diminui o valor do frete, o que não é bom para os caminhoneiros”

Ademais, ele acrescentou:

“Vamos ver se a gente…O Tarcísio continua trabalhando para buscar soluções para isso aí. Não é fácil, não quero prometer o paraíso para eles. Todos nós estamos numa situação bastante complicada. Temos milhões de brasileiros informais que perderam emprego, servidor público está sem reajuste. Outros trabalhadores negociaram uma redução de salários. Então, a gente apela aos caminhoneiros que não façam a greve. Mesmo esporadicamente. Alguns falam que vão fazer, que vão fechar, não temos alternativa no momento”.

No ensejo, o presidente advertiu:

“Sou escravo da legislação, e os problemas são enormes. Então, a gente espera que o Tarcísio, que o ministro Bento, ao qual está vinculada a Petrobras, busquem soluções, o próprio Paulo Guedes arranje de onde tirar os 27 bilhões para nós zerarmos aí o PIS-COFINS, do óleo diesel, pelo menos”.

No que concerne ao enfrentamento da pandemia, o mandatário foi enfático:

“Rondônia, temos informações de que parece que está se agravando a situação. Já tiramos, com a FAB, pacientes de Rondônia e levamos para outros hospitais. Manaus foi uma coisa de uma hora para outra, ninguém podia prever que iria passar de ‘x’ para ‘5x’ o consumo de oxigênio. Não houve omissão da nossa parte. Foi avisado na sexta, na segunda estava lá, tomou todas as medidas cabíveis, na quarta começou a chegar o oxigênio. Ainda não foi o suficiente, mas foi transportado por aeronaves, o rodoviário é complicado. As estradas não são boas. O aquaviário é moroso, mas chegaram, pequenas usinas foram para lá, também. A gente pede para os governadores: Não esperem começar a ter problema, façam uma reserva. Tem governador que ainda tem recurso que nós mandamos. Manaus, foram 9 bilhões que mandamos. Nós mandamos recursos. Peguem os recursos e invistam nessa área de oxigênio”.

Nesta toada, Bolsonaro enfatizou como se trata de um problema global, não se restringindo ao Brasil, como insinuam seus críticos e opositores: “Não pode delegar para o governo e a gente não tem de onde tirar. Na Espanha, se não me engano, está faltando oxigênio. Um estado norte-americano também está com falta pelo crescente número, muito rápido, de infectados. O trabalho das FFAA tem que ser reconhecido. Nós trabalhamos 24 h por dia. As Forças Armadas não são minhas, são de todos nós. São um exemplo de como todos nós podemos trabalhar pelo próximo. Gusttavo Lima, Luciano Hang, providenciaram para levar para lá. A gente agradece para quem tem condições de ajudar. Muito obrigado. Isso realmente é um ato de humanidade. Não é batendo panela que vai resolver o problema”.

Veja:

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