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Belo Horizonte estabelece lei seca a partir de segunda-feira

Covid-19 fez mais vítimas na cidade nos 7 dias anteriores à campanha eleitoral

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Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte | Foto: Luidgi Carvalho/Futura Press/Estadão Conteúdo

O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), determinou que bares e restaurantes não poderão vender bebidas alcoólicas a partir da próxima segunda-feira, 7. A decisão foi tomada como uma medida de contenção ao novo coronavírus que, segundo autoridades do município, tem acelerado sua taxa de transmissão. Curiosamente, o obituário da cidade mostra mais óbitos com covid-19 nos 7 dias que antecederam o início do horário eleitoral gratuito de rádio e televisão. Entretanto, não existiram decretos de fechamento nem de isolamento durante a campanha.

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Conforme o decreto nº 17.484 assinado por Kalil e publicado na sexta-feira 4, padarias, lanchonetes, bares, restaurantes, cantinas, clubes, sorveterias podem continuar servindo alimentos para clientes no local, menos bebidas alcoólicas. A restrição também se aplica às feiras públicas ou licenciadas em propriedades públicas e privadas em Belo Horizonte.

Números da covid-19 na capital mineira

Entre os dias 27 de novembro e 4 de dezembro, foram notificados 1.545 novos casos e 41 mortes na capital mineira. Nos 7 dias anteriores, de 20 a 27 de novembro, esses números foram 1.273 e 34, respectivamente. No entanto, entre os dias 2 e 9 de outubro, data em que o horário eleitoral começou, Belo Horizonte registrou 1.479 casos de covid-19 e 64 mortes pela doença.

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Associações reclamam da falta de diálogo com a prefeitura de BH

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) disse ter sido ignorada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) quando propôs buscar uma solução em conjunto quanto às medidas de prevenção à covid-19, de acordo com o portal Hoje em Dia. 

“Colocamos a Abrasel à disposição da prefeitura para construir uma solução em conjunto, buscando a saúde das pessoas e a preservação dos negócios. Mas a prefeitura ignorou a nossa proposta, ignorou nos colocar na discussão, um setor que representa milhares de empregos e empresas”, disse Matheus Daniel, presidente da associação.

O Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas) também reclama da falta de diálogo da PBH. Segundo o vice-presidente, Marco Falcone, a medida é injusta e arbitrária, e prejudica os comerciantes em um mês em que havia a expectativa de recuperação econômica por conta da aproximação das festas de fim de ano.

“Fomos severamente penalizados do início da pandemia até o momento em que houve a reabertura dos bares e restaurantes. Realmente, uma série de bares e restaurantes foram irresponsáveis e não cumpriram os protocolos, só que outros cumpriram”, disse Falcone.

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