O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, que tem boas chances de ser o mais novo presidente dos Estados Unidos, é uma ameaça real a soberania do Brasil.
Em entrevista concedida ao site Americas Quarterly em março, Biden deixou claro que, caso seja eleito, sua administração “reunirá o mundo” para pressionar o governo brasileiro a proteger a Floresta Amazônica e garantir a preservação do meio ambiente.
“O presidente Bolsonaro deve saber que se o Brasil deixar de ser um guardião responsável da Floresta Amazônica, minha administração reunirá o mundo para garantir que o meio ambiente seja protegido” — declarou o candidato democrata.
A fala de Joe Biden mostra que ele não vê o Brasil como legítimo proprietário da Amazônia, mas como um mero “guardião”. E essa não é a primeira declaração do tipo realizada pelo candidato democrata. Durante debate com Donald Trump, no dia 22 de outubro deste ano, ele chegou a ameaçar expressamente o Brasil, dizendo que levantaria 20 bilhões de dólares para o nosso país “salvar a floresta”, mas caso não desse certo, seríamos punidos.
“Eu reuniria vários países, levantaria 20 bilhões de dólares, e diria: ‘Aqui estão 20 bilhões de dólares, parem de desmatar a floresta, e se vocês não pararem, terão consequências econômicas” – disse.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, reagiu a essa declaração afirmando que “a soberania do Brasil é inegociável”.
É indiscutível a necessidade de que haja ações para viabilizar a exploração econômica da Floresta Amazônica de forma sustentável, sem colocar o meio ambiente em risco, mas as declarações de Biden vão além da questão ambiental e colocam em cheque a soberania e a integridade territorial do Brasil.
Não é de hoje que existe um certo olho gordo de grupos estrangeiros na Amazônia. Como é descrito no livro “O Sul Mais Distante, de Gerald Horne, americanos no século 19 chegaram a cogitar tomar toda essa vasta região do povo brasileiro. O Brasil precisa ficar de olhos bem abertos — principalmente se Biden vencer a corrida à Casa Branca.