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Veja o que é #FATO ou #FAKE nas falas dos candidatos à Prefeitura do Rio no debate da Globo – G1

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Crivella e Paes no debate da Globo — Foto: Reprodução/TV Globo

Crivella e Paes no debate da Globo — Foto: Reprodução/TV Globo

Os dois candidatos que disputam a Prefeitura do Rio, Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos), participaram nesta sexta-feira (27) de debate na Globo.

A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações dos dois. Leia:

Eduardo Paes (DEM)

“Vamos reabrir os restaurantes populares que Crivella fechou”

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Os restaurantes populares eram administrados pelo estado. Algumas unidades chegaram a fechar em 2016 por causa de dívidas do estado com os fornecedores. A prefeitura, então, assumiu temporariamente a gestão das unidades. E a partir de 2017, três dos oitos restaurantes populares foram municipalizados, o de Campo Grande, o de Bangu e o de Bonsucesso. Os outros foram fechados por decisão do governo estadual. Ou seja, Crivella não fechou nenhuma unidade. O prefeito chegou, inclusive, a fazer um apelo a Witzel neste ano para que o restaurante popular de Madureira fosse reaberto.

“Nós criamos 30 mil vagas em creche no nosso mandato”

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#NÃOÉBEMASSIM. Veja o porquê: Há uma imprecisão no número dito pelo candidato. Os dados do Censo Escolar do Inep de 2008, ano anterior à gestão Paes, mostram que a prefeitura tinha 30.005 crianças matriculadas nas creches. Em 2016, esse número aumentou para 53.926 crianças. Ou seja, um total de 23.926 novas matrículas.

“Aliás, quem botou um secretário do PSOL e fundador do PT foi você. Seu primeiro secretário de Educação era do PSOL e fundador do PT”

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#NÃOÉBEMASSIM. Veja o porquê: César Benjamin foi o primeiro secretário de Educação do governo Crivella. De fato, ele foi um dos fundadores do PT e se manteve no partido até 1995. Em 2006, foi candidato a vice-presidente pelo PSOL na chapa liderada pela então senadora Heloísa Helena. No entanto, logo após a campanha, ele deixou o partido. Em 2017, quando assumiu a Secretaria de Educação no governo Crivella, César Benjamin já não era mais do PSOL fazia dez anos.

“Ao longo do nosso período de governo, colocamos 250 mil crianças tendo aula em tempo integral. Nesse último período, isso passou praticamente congelado, sem nenhum aumento”

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Os dados do Censo Escolar do Inep de 2016, último ano da gestão Paes, mostram que 150.490 crianças estavam matriculadas em tempo integral na rede municipal de educação. Destas, 148.960 estavam no ensino regular e 1.530 na educação especial. Os resultados preliminares do Censo Escolar de 2020 mostram que 202.437 crianças estão matriculadas em tempo integral na rede municipal, número 20% maior.

“Crivella, no seu governo a fila do SISREG triplicou”

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#NÃOÉBEMASSIM. Veja o porquê: A Secretaria Municipal de Saúde diz que a fila geral do SISREG, sistema de regulação de atendimentos da prefeitura, tinha, em janeiro de 2017, início da gestão Marcelo Crivella, 134 mil solicitações (por consultas, exames e cirurgias), e outras 536 mil que haviam sido devolvidas pela gestão anterior, de Eduardo Paes, às unidades solicitantes (estaduais e federais), com pedidos de confirmação. O total real era a soma dos dois números, 670 mil, segundo a secretaria, maior do que o atual, que estava em 579 mil em junho de 2020.

A informação sobre o “desaparecimento” dos 536 mil da fila, para dar a impressão de que a situação era melhor, foi confirmada pelo vereador Paulo Pinheiro (PSOL), médico e membro da Comissão de Saúde da Câmara tanto no período da gestão Paes como durante a gestão Crivella. “No fim do governo Eduardo Paes, fizeram a manobra para ‘tirar’ as pessoas da fila; isso foi dito pela própria central de regulação. Claro que a fila foi aumentando, ainda mais na pandemia”, explica Pinheiro.

O Fato ou Fake checou declaração similar durante a campanha. Paes afirmou que “a situação encontrada no início da gestão Crivella foi devidamente publicada no Diário Oficial do Município”. “Ao longo dos últimos quatro anos, a administração do governo Crivella utilizou dados oficiais como referência e, agora, a equipe de governo utiliza outros dados dos quais não se conhece a origem.”

“Quando Rafael Alves estava sendo preso, o delegado filmou isso, todo mundo viu, a televisão mostrou. Ele (Crivella) ligou para o sujeito para dizer: ‘Tá tendo operação’”

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A declaração é #FATO. Veja o porquê: No dia 10 de março de 2020, durante a primeira fase da Operação Hades, Marcelo Crivella ligou para o celular de Rafael Alves no momento em que o Ministério Público do Rio e a Polícia Civil cumpriam mandados de busca e apreensão. A cena foi filmada pela polícia na casa do empresário. Um delegado atendeu a chamada e identificou a voz do interlocutor como sendo do prefeito Marcelo Crivella.

O vídeo mostra a tela do celular com a identificação da pessoa que estava ligando: “Prefeito Crivella Novo 2”. O delegado atende a chamada e cumprimenta o interlocutor dizendo “Bom dia! Tudo bem, prefeito?” e diz que se trata de uma “investigação da Polícia Civil do Ministério Público”. A ligação é desligada poucos segundos depois.

A ação tinha como objetivo investigar um suposto QG da propina na Prefeitura do Rio. Rafael Alves é irmão do ex-presidente da Riotur Marcelo Alves. Embora não tivesse cargo na administração municipal, Rafael Alves foi citado em delações como o responsável por cobrar propina de empresários que queriam receber valores atrasados da Prefeitura do Rio.

”Nós tivemos mais ou menos o mesmo número de mortos de São Paulo [por Covid-19]”

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A declaração é #FATO. Veja o porquê: O Rio tinha nesta sexta (27) 13.226 mortos em decorrência da Covid-19, no acumulado desde março, e São Paulo, 14.341, sendo que a população paulistana é quase o dobro da carioca — o que evidencia a alta taxa de letalidade na cidade, a maior entre as capitais brasileiras, segundo o Monitora Covid, ferramenta de monitoramento de dados sobre a pandemia de Covid-19 da Fiocruz.

Dados da ferramenta mostram que o Rio tem uma taxa de letalidade que beira os 10%. Ou seja, o número de mortos pelo total de infectados. Já São Paulo possui uma taxa um pouco maior que 4%.

É preciso levar em conta que esse dado pode apresentar distorções devido à testagem ou não nas cidades. Ainda assim, o índice do Rio é muito superior ao de São Paulo.

“Passei oito anos na Prefeitura e você não viu aumento de IPTU”

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#NÃOÉBEMASSIM. Veja o porquê: Uma mudança na legislação sancionada pelo prefeito Eduardo Paes fez com que 34 mil donos de terrenos não edificados do município passassem a pagar o Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Esses contribuintes estavam isentos deste pagamento desde 1999, mas, com a lei 5.965/2015, perderam o benefício e passaram a pagar o imposto. Quando a lei foi sancionada por Paes, a prefeitura estimava o recolhimento de R$ 100 milhões por ano.

O Fato ou Fake já checou declaração semelhante do candidato na campanha. Na ocasião, o candidato respondeu que se tratou de uma atualização na legislação do IPTU para uma “maior justiça tributária”, e não de aumento no imposto. Além disso, em uma frase anterior, o candidato afirmou que “ninguém teve aumento de imposto nenhum”, o que não é verdade. Por isso, a declaração foi classificada como #FAKE.

“Ele não tem dinheiro para pagar o 13º salário dos servidores e disse isso ontem, lá na TV do tio dele”

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A declaração é #FATO. Veja o porquê: Em entrevista à TV Record nesta quinta-feira (26), o prefeito Marcelo Crivella admitiu não ter dinheiro em caixa para pagar em dia a primeira parcela do 13º salário de 174.437 servidores da ativa, aposentados e pensionistas. Legalmente, a primeira metade do abono natalino tem que ser quitada até a próxima segunda-feira (30). Crivella foi entrevistado pela emissora após Eduardo Paes negar convite para um debate.

Após a entrevista, nas redes sociais, Crivella disse: “Acabei de sair da entrevista na Record. O Eduardo [Paes] não foi, fugiu. O que eu disse lá é que nós ainda não antecipamos o 13º porque aguardamos a autorização do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro para uma operação com os royalties. Claro que nós vamos pagar o 13º, não fique preocupado com isso, mas gostaríamos de ter antecipado, e isso não foi possível porque o tribunal ainda não autorizou. Mas eu tenho certeza de que vamos conseguir essa autorização e logo, logo vamos pagar o 13º”.

“O Rodrigo Bethlem, esse que te assessora aqui no intervalo, quando ele confessou que tomava dinheiro da prefeitura, eu botei ele pra correr de perto de mim”

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#NÃOÉBEMASSIM Veja o porquê: Rodrigo Bethlem foi secretário de Eduardo Paes de 2009 a 2014, ocupando três pastas. Ele foi gravado pela ex-mulher, que discordava do valor da pensão, admitindo receber propina e ter uma conta na Suíça. O caso foi revelado pela revista Época em julho de 2014. Uma das fontes de renda ilegais era um contrato com a ONG Casa Espírita Tesloo.

Em 2012, o Tribunal de Contas do Município (TCM) recomendou a não renovação dos contratos com a empresa, mas eles continuaram até abril de 2014. Naquele mês, o próprio Bethlem, que era deputado federal e estava afastado do Parlamento enquanto era secretário, deixou o cargo na prefeitura para cuidar da candidatura à reeleição.

A exoneração de Rodrigo Bethlem consta do Diário Oficial da Prefeitura de 3 de abril de 2014, que diz que a saída dele se deu “a pedido”, ou seja, solicitada pelo próprio secretário. Questionado em julho de 2014 sobre a investigação do TCM ocorrida dois anos antes, Paes se justificou: “Não houve ali, naquele momento, qualquer indício, qualquer sinal, naquele momento, de qualquer benefício pessoal ao deputado Rodrigo Bethlem”.

“Eu fui o vereador mais votado do Brasil”

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A declaração é #FATO. Veja o porquê: Eduardo Paes foi o vereador mais votado do país em 1996, quando disputou pelo PFL uma vaga na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Naquela eleição, ele recebeu 82.418 votos, superando Nello Rodolfo, do PPB, que foi o mais votado em São Paulo, com 77.806 votos.

Marcelo Crivella (Republicanos)

“Não sou réu em nenhuma ação”

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Crivella é réu por improbidade administrativa. Em 2018, o Ministério Público denunciou o prefeito pelo caso “Fala com a Márcia”, em que numa reunião com líderes religiosos no Palácio da Cidade, Crivella indicou aos “irmãos” que procurassem a servidora da prefeitura Márcia Nunes em busca de facilidades para cirurgias de catarata e varizes na rede de saúde do município. O processo ainda está em andamento na Justiça do Rio, e também correu na Justiça Eleitoral. O caso resultou na ‘CPI da Márcia’, na Câmara Municipal.

Já em outubro deste ano, o Ministério Público entrou na Justiça com nova denúncia contra o prefeito por improbidade administrativa pela cessão de um terreno público ao Instituto Marca de Cristo em que o órgão afirma haver indícios de irregularidades. A Justiça, no entanto, ainda não decidiu se aceita.

Na esfera eleitoral, em setembro deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio condenou o prefeito Marcelo Crivella por abuso de poder político e conduta vedada a agente público, e decidiu torná-lo inelegível por seis anos. Em outubro, Crivella conseguiu uma liminar no Tribunal Superior Eleitoral que o permitiu continuar concorrendo à reeleição. Nesta quinta-feira (19), o plenário do TSE formou maioria para manter a liminar que manteve Crivella elegível.

O Fato ou Fake já checou essa declaração durante a campanha. O candidato, na ocasião, disse que “tanto a Câmara do Rio de Janeiro quanto o STF decidiram pela inexistência de qualquer irregularidade”.

“Um pouco antes da campanha, ele (o juiz Flávio Itabaiana) quebrou sigilo do processo do Eduardo e deu uma busca e apreensão”

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A declaração é #FATO. Veja o porquê: Em setembro, o Ministério Público do Rio cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Eduardo Paes, atendendo a uma decisão do juiz Flávio Itabaiana Nicolau. Ele aceitou a denúncia contra Paes e outros quatro investigados pelos promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do MP junto à 204ª zona eleitoral. A acusação contra é de lavagem de dinheiro, corrupção e falsidade ideológica eleitoral. O ex-prefeito é acusado de ter recebido cerca de R$ 10,8 milhões da Odebrecht, via caixa 2, para financiar a campanha de reeleição à Prefeitura em 2012.

“Das 134 obras que você deixou inacabadas, eu terminei 120”

15 de 27 — Foto: G1

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#NÃOÉBEMASSIM. Veja o porquê: Segundo o Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, havia 133 obras iniciadas antes de 2017 que estavam suspensas ou paralisadas, número próximo ao citado pelo candidato do Republicanos. Todavia, desse total, apenas 23 foram concluídas, o que equivale a 19% do dado mencionado por Marcelo Crivella (120).

O Fato ou Fake checou declaração similar do candidato durante a 1ª semana de campanha do 2º turno. Na ocasião, ao ser questionado pela reportagem, o candidato preferiu não se manifestar.

“Você já declarou que vai voltar a dar R$ 2 milhões pra Liesa”

16 de 27 — Foto: G1

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Eduardo Paes, na sabatina à CBN, no último dia 25, foi questionado sobre o apoio que dará às escolas de samba do Grupo Especial do carnaval carioca caso seja eleito. Ele disse que irá ajudar as agremiações, ao contrário do que fez a gestão Marcelo Crivella, que cortou os investimentos na preparação dos desfiles. Mas Paes não afirmou que irá destinar R$ 2 milhões a cada uma das 12 agremiações do grupo de elite da festa, como fez no passado. O ex-prefeito não mencionou cifras, e ainda disse que a subvenção de R$ 2 milhões por escola foi concedida “excepcionalmente” em 2016, porque as agremiações, à época, haviam perdido patrocínios já acordados com o governo do estado e com a Petrobras.

“Eduardo Paes, você fez aliança com o PSOL”

17 de 27 — Foto: G1

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: O PSOL não prega o voto em Eduardo Paes no domingo (29). E nenhuma aliança foi costurada pelo DEM ou por Paes com o partido. O PSOL apregoa apenas “nenhum voto em Crivella”. No dia seguinte à derrota da candidata do PSOL à prefeitura, Renata Souza, que terminou a apuração do primeiro turno em sexto lugar, o deputado federal Marcelo Freixo, liderança da legenda no Rio, defendeu um “apoio crítico” ao Paes no segundo turno. Dois dias depois, porém, dirigentes do partido se reuniram e deliberaram por não apoiar o ex-prefeito.

Em nota, o PSOL tachou Crivella de “pior prefeito da história”. No entanto, afirmou que “não alimenta ilusões com Eduardo Paes”. O texto divulgado pelo partido diz: “Compreendemos que o voto em Paes, daqueles e daquelas que acreditam no projeto do PSOL, é um veto a Crivella e ao bolsonarismo”.

“Quando você me passou, nós tínhamos quatro tomógrafos na cidade, dois quebrados”

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: A cidade do Rio de Janeiro tinha 10 tomógrafos em 2017 e pelo menos sete deles funcionavam em janeiro daquele ano, primeiro mês de Crivella como prefeito, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. Ainda de acordo com a pasta, “o número pode variar de acordo com a data, uma vez que alguns dos aparelhos apresentavam falhas pela intensidade do uso nas emergências”.

O Fato ou Fake checou declaração similar durante a campanha em mais de uma ocasião. Em nenhuma delas ele quis se manifestar sobre a frase falsa.

“A minha secretária de Saúde não tem os bens indisponíveis; Daniel Soranz tem”

19 de 27 — Foto: G1

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A declaração é #FATO. Veja o porquê: A secretária de Saúde da gestão Crivella, Ana Beatriz Busch, de fato não sofreu bloqueio de patrimônio decorrente de processo judicial. Já Daniel Soranz, ex-secretário de Saúde de Eduardo Paes, sim. Ele é réu desde 2017 numa ação por improbidade administrativa. A investigação é referente à contratação da Organização Social Biotech para administração de hospitais municipais. Em maio daquele ano, a Justiça determinou a indisponibilidade de bens dele, do também ex-secretário de Paes Hans Dohmann, além de outras 61 pessoas e empresas. Foram bloqueados bens até o valor de R$ 110,8 milhões.

Soranz e Dohmann foram acusados de negligência no exercício do cargo, pela falta de fiscalização dos contratos com a OS, mesmo depois o Tribunal de Contas do Município apontar indícios de fraude e superfaturamento. Eles negam terem cometido irregularidades.

“Você não votou o Plano Municipal de Educação. Eu que tive que votar”

20 de 27 — Foto: G1

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A declaração é #FATO. Veja o porquê: O Plano Municipal de Educação (PME) devia ter sido elaborado pelo poder Executivo e votado na Câmara ainda na gestão de Eduardo Paes em cumprimento à lei federal que aprovou o Plano Nacional de Educação. No entanto, a votação na Câmara só ocorreu em 2018, durante a gestão de Marcelo Crivella.

“Ele (Paes) fez do Rio de Janeiro a capital mundial do turismo gay”

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A declaração é #FATO. Veja o porquê: Em 2011, o jornal britânico ‘The Guardian’ afirmou que o Rio se preparava para se tornar a capital mundial do turismo gay e destacou iniciativas da prefeitura pelo respeito à diversidade sexual e combate à homofobia, como a criação de uma Coordenação Especial para a Diversidade chefiada pelo estilista Carlos Tufvesson e a Semana Carioca da Diversidade.

“[PSOL] entrou no STF para obrigar as prefeituras a colocar ideologia de gênero para as crianças”

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5668, proposta pelo PSOL em 2017, não tem como objetivo tornar obrigatória a “ideologia de gênero” em escolas municipais. Também não faculta às crianças escolher se querem ser meninos ou meninas, nem busca tornar banheiros públicos unissex, como diz um boato espalhado pela internet e que já foi desmentido pela equipe do Fato ou Fake.

Segundo o STF, a intenção é obrigar as escolas a coibir o bullying homofóbico em suas dependências, para a proteção dos estudantes que sofrem com esse tipo de discriminação e coação. A ação, proposta porque o Plano Nacional de Educação não deixa clara a obrigação constitucional dos colégios nesse sentido, também pede para que seja respeitada a identidade de crianças e adolescentes LGBT no ambiente escolar.

Cabe ressaltar que a expressão “ideologia de gênero” não é usada em estudos acadêmicos sobre sexualidade e gênero — é utilizada de forma pejorativa por grupos conservadores, em especial, religiosos, para demonizar teorias que diferenciam o sexo biológico do gênero.

“R$ 4,05 [de tarifa de ônibus] não tem em lugar nenhum do Brasil”

23 de 27 — Foto: G1

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Não é verdade que a tarifa cobrada no Rio seja a mais barata do país. Se forem consideradas apenas as capitais, ao menos 15 têm tarifas de ônibus mais baixas do que a do Rio de Janeiro, segundo levantamento feito pelo G1. Enquanto a passagem de ônibus custa R$ 4,05 na capital fluminense, em Vitória, por exemplo, ela custa R$ 3,90; em Brasília, R$ 3,80.

O Fato ou Fake já checou declaração similar do candidato durante a campanha em mais de uma ocasião. Questionado sobre o tema, ele respondeu que a passagem é mais cara em São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. Disse ainda que há subsídios em outras cidades, e não no Rio.

“[Paes] teve agora R$ 240 milhões bloqueados nas contas dele porque pegou dinheiro da educação e deu para as empresas de ônibus”

24 de 27 — Foto: G1

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#NÃOÉBEMASSIM. Veja o porquê: No mês passado, Eduardo Paes teve os bens bloqueados por determinação do desembargador Gilberto Matos, da 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, por conta de um processo sobre irregularidades em uma licitação de linhas de ônibus de 2010. A indisponibilidade de bens, que chega ao total de R$ 240,3 milhões, porém, não se refere apenas ao patrimônio do ex-prefeito, mas também ao de Paulo Roberto Santos Figueiredo, subsecretário de Gestão da Secretaria Municipal de Educação na gestão de Paes, e ao do Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio (Rio Ônibus).

O montante de R$ 240,3 milhões é relativo a uma parcela do orçamento da área da educação usada para reembolsar a Rio Ônibus por passagens concedidas gratuitamente aos alunos da rede de escolas do município. O MP acredita que o ressarcimento foi indevido porque os demais passageiros já arcariam com as gratuidades ao pagar o bilhete nos ônibus — eles sofreriam, então, uma “dupla oneração”, e as empresas, por sua vez, seriam beneficiadas indevidamente. Os promotores também encontraram indícios de direcionamento da licitação.

“[O Iabas não fez] nenhum hospital de campanha”

25 de 27 — Foto: G1

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Apesar de ser alvo de investigação e não ter entregado todos os sete hospitais de campanha encomendados pelo governo do Rio para reforçar o atendimento a pacientes com Covid, a organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) finalizou as unidades do Maracanã e de São Gonçalo, na Região Metropolitana – este inaugurado com 1 mês de atraso e com apenas 10 leitos disponíveis. A afirmação, portanto, não se sustenta.

“Nunca se investiu tanto na saúde quanto no nosso governo”

26 de 27 — Foto: G1

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A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Durante o governo Crivella, foram desembolsados R$ 19,01 bilhões para a área de saúde, segundo dados da Controladoria Geral do Município (CGM) atualizados até 27 de novembro deste ano. Apenas no segundo mandato de Eduardo Paes, foram gastos R$ 21,4 bilhões com saúde. Mesmo considerando os R$ 531 milhões gastos com o combate à Covid-19, o valor total ainda é inferior. Comparando apenas os três primeiros anos completos de cada mandato, o total gasto por Crivella também é menor: R$ 14,5 bilhões, comparados aos R$ 15,6 bilhões desembolsados por Paes.

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