Entre os objetos com manchas visíveis, há sarcófagos egípcios, esculturas de pedra antigas e pinturas que datam do século XIX.
O que se sabe até o momento é que no dia 3 de outubro, data que se celebra a reunificação alemã, visitantes atacaram diversas peças durante o horário de funcionamento de três dos cinco museus da capital na chamada “Ilha dos Museus”, complexo classificado em 1999 como Patrimônio Mundial da Unesco.
Os ataques aconteceram no Museu Pergamon, no Alte Nationalgalerie (Antiga Galeria Nacional) e no Museu Novo.
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De acordo com uma reportagem do jornal Die Zeit, este é “um dos mais extensos ataques a obras de arte e antiguidades da história da Alemanha no pós-guerra”.
Conspiracionistas?
Apesar de a polícia não ter divulgado hipóteses sobre a motivação dos ataques ou sobre os suspeitos, a mídia alemã relaciona o incidente a teorias de conspiração compartilhadas nas redes sociais nos últimos meses. Uma delas diria que o Pergamon Museu, a instituição mais importante do complexo, seria o centro do “satanismo global”.
Nos últimos meses, um dos conspiracionistas mais famosos no país, Átila Hildmann, também conhecido por ser um negacionista do coronavírus, sugeriu em mensagens no Telegram que a chanceler alemã, Angela Merkel, faria sacrifícios dentro de museu.
Na semana passada, Hildmann, que tem mais de 100 mil seguidores no Instagram, afirmou em suas redes sociais que o museu abrigava o “trono de Satanás”.