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Uma oportunidade para pecar

Edital aberto, muitas inscrições, um certame acirrado, com apenas uma única classificação, e exigindo um prazo de doze meses de preparação. O concorrido cargo ocorreu em 485 a.C., no Império Persa, no terceiro ano do rei Assuero. Dentre muitas mulheres e decorrido um longo ano afastada de seu único parente, seu tio Mordecai, Ester foi “classificada em primeiro lugar” e passou a ser a rainha da Pérsia. Particularmente é uma das mais belas histórias que a Bíblia nos conta, não apenas por ser uma órfã esquecida e que em poucos anos iria se tornar uma inesquecível rainha, mas também pelo fato de sua inescrutável coragem, pois, Ester teve uma oportunidade para pecar por omissão, mas escolheu seguir a orientação de Deus e foi usada como instrumento para a sobrevivência do seu povo, os judeus.

Com um sentimento de admiração o pastor Charles Swindoll preceitua sobre a bravura e destreza da jovem Ester, que não fez desse momento tenebroso um altar de autocomiseração, longe disso, ela abandona o protocolo e ignorando todos os seus temores decidiu pela graça de Deus, a mudar as coisas, sobre isso, o piedoso pastor assevera:

“Ester está determinada a mudar a situação, sem se importar com as conseqüências pessoais: “Se perecer, pereci! Se um guarda enterrar uma espada em meu corpo, morro fazendo o que e certo”. Ela passou do medo à entrega e à fé, da hesitação à confiança e determinação, da preocupação com a sua própria segurança ao interesse pela sobrevivência de seu povo. Havia chegado a sua hora da decisão, e não teve de esperar.”¹

Cabe destacar, que são nos momentos mais conturbados de nossas vidas que nascem as oportunidades para dar vazão à natureza decaída e pecar contra o Espírito Santo de Deus. Semelhantemente ocorreram situações conturbadas na vida da rainha Ester, a primeira foi à perda de seus pais quando ainda era criança, e a segunda foi o decreto de extermínio de todos os judeus, assim que se tornou rainha. Surgindo, dessa forma, uma oportunidade de pecar, visto que ninguém sabia que era judia, ela poderia se omitir e não revelar sua nacionalidade para o rei, ou mesmo se acovardar e perder as esperanças em Deus, todavia, ela se revestiu de uma ousadia santa e mandou seu tio e todo o povo jejuar por ela durante três dias (Ester 4.16) e assim, o Senhor livrou seu povo de um genocídio por conta da coragem e sensibilidade de uma mulher que não se omitiu e nem se desesperou nesse nefasto momento de sua vida.

Depreende-se, portanto, que todos nós passaremos por tribulações e provações, e isso não pode ser usado como indícios para pecar, pois o Senhor assevera estar conosco todos os dias de nossas vidas (Mateus 28. 20), Ele ora por nossa proteção (João 17.6,7,14,15) e desse modo, devemos inferir que essas oportunidades de pecar surgem para reconhecermos nossa vulnerabilidade e fraqueza; que não pertencemos a esse mundo e por isso precisamos nos santificar na Palavra de Deus; e perseverar na provação para sermos aprovados. Então, revista-se de uma ousadia santa e guerreie contra essas oportunidades de pecar, clame a Deus para participar do processo. Ative-se ao Seu plano de ação, esteja disponível, e fale por Seu intermédio.

Mysia Rebeca
¹ SWINDOLL, Charles. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem. Sao Paulo: Mundo Cristão, 1999. p.109.

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