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Trump: ‘Temos obrigação de nomear um sucessor para a vaga na Suprema Corte’

Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou neste sábado, 19, que deve nomear um sucessor para a cadeira da juíza Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte americana. A magistrada morreu na sexta-feira, aos 87 anos, vítima de complicações de um câncer no pâncreas. “Temos a obrigação de fazer isso, sem atraso”, escreveu, em publicação no Twitter endereçada ao Partido Republicano.

Trump ressaltou que a legenda foi colocada em “uma posição de poder” para tomar decisões para o povo americano. “A mais importante delas há muito tempo tem sido considerada a seleção de juízes da Suprema Corte dos EUA”, argumentou.

Os esforços do partido governista para decidir sobre a sucessão de Ginsburg têm sido criticados pela oposição. Em 2016, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, impediu o então presidente Barack Obama de preencher uma vaga na corte sob o argumento de que aquele era um ano eleitoral e, portanto, seria mais prudente aguardar a eleição. Para os democratas, a norma deve ser seguida como há quatro anos.

Em um declaração ditada à sua neta, Clara Serpa, dias antes de morrer, Ruth Bader Ginsburg afirmou: “Meu desejo mais fervoroso é que eu não seja substituída antes que um novo presidente seja eleito”.

Bandeiras a meio mastro

Mais cedo, neste sábado, 19, Trump ordenou que as bandeiras de todo o país fossem hasteadas a meio mastro para homenagear a juíza. Trump elogiou Ginsburg, uma líder liberal na Suprema Corte e ícone pela igualdade de gênero, como uma “pioneira” em um comunicado divulgado pela Casa Branca na noite de sexta-feira.

“Ruth Bader Ginsburg foi uma inspiração para todos os americanos”, disse Trump, observando que ela era apenas a segunda mulher a servir na Suprema Corte. “Hoje (sexta-feira), nossa nação está de luto pela perda de uma titã da lei.”

Na nota, Trump destaca que Ginsburg era renomada “por sua mente brilhante” e por suas “poderosas divergências” na Corte. “As opiniões dela, incluindo em decisões conhecidas relacionadas à igualdade legal de mulheres e de pessoas com deficiências, inspiraram todos os americanos e gerações de grandes mentes do Direito”, ressaltou.    

O republicano destacou ainda que a juíza foi uma “batalhadora até o fim” e ofereceu orações aos parentes. “Que a memória dela seja uma grande e magnífica bênção para o mundo”, concluiu, sem dar indicações de como pretende conduzir o processo de sucessão.

As bandeiras do Congresso e da Casa Branca já tinham sido hasteadas a meio pau na noite de sexta-feira, enquanto centenas de pessoas, incluindo muitos jovens, reuniram-se espontaneamente em frente à fachada da Suprema Corte para homenageá-la, levando velas e flores.

“A RBG representava tudo o que a América deveria fazer para avançar, começando pelo respeito pelos outros, independentemente de gênero, raça, religião”, afirmou a estudante Erin Drumm, de 19 anos.

COM APF

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