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Somos Peregrinos e Forasteiros

Texto: 1 Pe 2.11

Introdução
– “Estive em contato com etnias peregrinas em dois momentos de minha vida. Visitei brevemente um grupo tuaregue na região desértica do Saara e, de forma mais prolongada, convivi com três famílias fula no nordeste de Gana. Fiquei impressionado com as características que marcam uma sociedade nômade e destacaria três. Eles mantêm uma vida material simples, com bens e posses que podem ser facilmente transportados, descartando o supérfluo. Orientam sua vida pelos relacionamentos pessoais e não pelo território, mantendo um alto nível de compromisso relacional que subsista a diferentes cenários. E, por fim, as motivações que os levam à peregrinação passam por diversas vertentes, sendo uma delas a esperança de encontrar algo melhor em outra terra” (Ronaldo Lidório).

Proposição
Cristãos são peregrinos e forasteiros na terra; não somos residentes fixos e nem naturais deste mundo.
– A Bíblia nos mostra algumas dimensões (marginalização, separação, desapego, relacionamentos, esperança) e características dos cristãos como forasteiros e peregrinos.

I.) Peregrinos e forasteiros vivem debaixo de perseguições e marginalizações
– “Os leitores a quem esta epístola foi endereçada originalmente estavam sendo perseguidos. Portanto, ela se concentra no tema da conduta cristã apropriada em face de hostilidades anticristãs” (Robert Gundry) – ver 1 Pe 1.6; 2.20-23.
– A esses que estavam enfrentando perseguições e hostilidades, o apóstolo Pedro chama de forasteiros (1.1) e peregrinos (1.17).
– “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt 5.10-12).
– Se o mundo não estiver nos perseguindo e nos maltratando pode estar havendo algo de errado. Talvez estejamos nos adaptando muito facilmente ao seu sistema de valores corrompidos.

II.) Peregrinos e forasteiros vivem separados dos povos que os cercam – 1 Pe 2.11
– “Vivemos em uma terra à qual não pertencemos. Nossa verdadeira cidadania está no céu com Cristo (Fp 3.20). Por sermos estrangeiros nesta terra, devemos abster-nos dos prazeres malignos deste mundo, que procura destruir nossa alma” (BEP).
– Forasteiros “não devem adotar os costumes desse país [estranho], porém lhes cumpre comportarem-se honrosamente e de tal modo que seja mantida a boa reputação de sua pátria” (NCB – Vol II).
– Elucidar o próprio contexto de 1 Pe 2.11,12.
– Ler e comentar 1 Jo 2.15-17.
– Alguns cristãos estão se sentindo muito confortáveis nesse mundo, estão se adaptando muito facilmente aos prazeres desta terra. Peregrinos e forasteiros não devem se comportar assim!

III.) Peregrinos e forasteiros vivem desapegados de bens e posses materiais
– “Eles mantêm uma vida material simples, com bens e posses que podem ser facilmente transportados, descartando o supérfluo” (R. Lidório).
– Peregrinos e forasteiros atentam para as Palavras de Jesus (Mt 6.19-21). Crentes que se concentram mais em acumular tesouros na terra do que em ajuntar tesouros no céu estão agindo como residentes fixos neste mundo, e não como peregrinos e forasteiros.
– Peregrinos e forasteiros atentam para as Palavras do apóstolo Paulo a Timóteo (1 Tm 6.7-10).
– Nesse quesito, como temos vivido? Como peregrinos ou como residentes fixos?

IV.) Peregrinos e forasteiros vivem investindo em relacionamentos pessoais
– “Orientam sua vida pelos relacionamentos pessoais […] mantendo um alto nível de compromisso relacional que subsista a diferentes cenários” (R. Lidório).
– Seus relacionamentos devem ter prioridade acima de todo o resto.
– A vida se constitui de relacionamentos. Quatro dos Dez Mandamentos versam sobre nosso relacionamento com Deus; os outros seis falam sobre nosso relacionamento com as pessoas. Mas todos os dez são sobre relacionamentos!
Jesus resumiu o que mais importa para Deus: amar a Deus e amar as pessoas (Mateus 22.37-40).
– Após aprender a amar a Deus (adorar), aprender a amar os outros é o segundo propósito de sua vida.
– Os relacionamentos, e não as realizações ou a compra de bens, são o que mais importa na vida.
– As ocupações são um grande inimigo dos relacionamentos.
– No leito de morte, jamais se ouve dizer: Tragam os meus diplomas, meus títulos, minhas medalhas, etc. Quando a vida na terra está no fim, as pessoas não se cercam de objetos. Querem em torno de si pessoas; pessoas que amam e com as quais mantêm relacionamentos.
– Nossa maturidade espiritual é medida pela qualidade de nossos relacionamentos.
– No céu, Deus não dirá: “Fale-me de sua carreira, de sua conta bancária e de seus passatempos”. Ele vai rever como você tratou as outras pessoas (Mateus 25.34-46)
– Nós devemos provar que os relacionamentos são importantes para nós investindo tempo neles.

V.) Peregrinos e forasteiros vivem na esperança de uma pátria melhor
– “a esperança de encontrar algo melhor em outra terra” (R. Lidório).
– Ler e elucidar Hb 11.9,10,13-16.
– “Nosso lar não é nessa terra. Nós somos estrangeiros aqui, viajando para nosso lar celestial, o céu” (NCB – NT).
– Temos vivido com peregrinos e forasteiros ou como residentes fixos neste mundo passageiro?

Pr Ronaldo Guedes Beserra – Novembro de 2018

Visite o site do Pr Ronaldo em http://www.ronaldoguedesbeserra.com.br

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