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‘Se algum de nós exagerou, foi no afã de buscar solução’, diz Bolsonaro ao lançar plano de vacina – Jornal O Globo

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro fez um discurso de conciliação com governadores nesta quarta-feira ao lançar o Plano Nacional de Vacinação, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Bolsonaro disse que era um momento de “entendimento” e de paz”.

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— Se alguns de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar solução — afirmou o presidente, após dizer que era um “honra” receber governadores no Planalto.

Bolsonaro disse torcer para um breve retorno à normalidade:

— Nesse momento de entendimento, de paz, é que eu cumprimento a todos. Se Deus quiser, brevemente estaremos na normalidade.

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Durante a pandemia, Bolsonaro fez diversas críticas aos governadores, principalmente devido a medidas de isolamento social. Em março, por exemplo, chamou governadores de “exterminadores de emprego” e disse que “brevemente o povo saberá que foram enganados por esses governadores”.

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Na mesma linha, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, defendeu deixar no passado discussões anteriores:

— Qualquer fumaça, qualquer discussão anterior ficou na discussão. Estamos hoje afirmando que todos os brasileiros receberão a vacina de forma grátis, igualitária, proporcional. Vacina registrada, vacinas garantidas com sua segurança e eficácia.

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‘Para que angústia?’, questiona ministro

Pazuello, por outro lado, minimizou a “angústia” das pessoas pela vacina e disse que o Brasil é referência na área:

— Nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Para que essa ansiedade, essa angústia? Nós somos referência na América Latina.

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O ministro também defendeu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dizendo que o órgão é técnico:

— Nós não podemos pôr em dúvida a credibilidade da nossa agência reguladora. A Anvisa é a nossa referência. E é referência mundial. E é independente, uma agência de Estado. Tudo que ela está fazendo é com critérios técnicos.

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Governadores estiveram presentes à cerimônia e usaram máscaras, assim como o símbolo da vacinação no país, o personagem Zé Gotinha. Já ministros do governo Bolsonaro compareceram sem o acessório indicado para a proteção contra o coronavírus.

No sábado, o governo já havia apresentado uma versão preliminar do plano ao Supremo Tribunal Federal (STF). O texto dizia que o governo federal pretende imunizar 51,4 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021.

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O documento também listava acordo para a aquisição de 100,4 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, AstraZeneca e a Fiocruz a serem entregues até julho de 2021, além de mais 30 milhões de doses no segundo semestre. Também foi informada a aquisição de 42,5 milhões de doses por meio da iniciativa Covax Facility e uma “negociação” de 70 milhões de doses do imunizantes da Pfizer.

Não foi listado o memorando de intenção de compra assinado com o Instituto Butantan para aquisição da CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Mas o material deixa aberta a possibilidade de inclusão de outros imunizantes. 

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