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Rússia vacinará população com imunizante ainda em testes

Em coletiva virtual, cientistas e presidente do fundo soberano do país admitiram que vacina só foi dada em 220 pessoas até agora

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O presidente do Fundo Soberano de Investimentos da Rússia, Kirill Dmitriev| Foto: RFDI/Flickr

Em coletiva virtual realizada nesta quinta-feira, 20, cientistas do Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia e o presidente do Fundo Soberano de Investimentos da Rússia, Kirill Dmitriev, deram mais detalhes sobre a vacina aprovada pelo Ministério da Saúde do país no último dia 11.

De acordo com Dmitriev, apenas 220 pessoas receberam doses da vacina até o momento — incluindo a filha do presidente, Vladmir Putin.

Com isso, para a comunidade científica, o imunizante estaria em fase 2 de pesquisa científica, ainda distante da aprovação para uso e comercialização em escala, como já propõe o governo russo.

Por isso, para evitar questionamentos sobre a efetividade do imunizante, o ministério entrou em acordo com os cientistas, que, agora, vão testar a vacina em 40 mil pessoas.

Ou seja, a vacina russa será testada enquanto já é aplicada na população — que receberá as doses do medicamento a partir de outubro — e comercializada, visto que o país negocia com Índia, Brasil, Coreia do Sul e Cuba a venda do produto e a transferência da tecnologia de produção.

“Nós queremos exportar a vacina a partir de novembro”, garantiu o presidente do fundo russo.

Imunidade da vacina russa pode chegar a dois anos

Os cientistas afirmaram que chegaram rapidamente à vacina porque já estavam trabalhando em um imunizante similar, contra outro coronavírus, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS, na sigla em inglês). Por isso, a fase 2 da pesquisa pôde ser alcançada em tempo recorde.

Para ser imunizado, o paciente precisa tomar duas injeções intramusculares com o medicamento, com um espaço de tempo de três semanas entre elas.

As pesquisas feitas até aqui mostram que a imunidade à covid-19 pode durar até dois anos, segundo Alexander Gintsburg, microbiologista do instituto.

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