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Riscos à teologia pentecostal

Por Gutierres Fernandes Siqueira 

Estou muito entusiasmado com o avanço da teologia pentecostal no Brasil. Autores como Roger Stronstad, Robert Menzies, James Shelton e Craig Keener eram completamente desconhecidos há alguns anos, mas agora, graças a Deus, estão sendo publicados em português. Esses homens têm mostrado a força intelectual do pentecostalismo, que não é apenas mística, experiência e movimento, mas também teologia.

Todavia, deixo aqui um alerta enquanto alguém compromissado com a fé cristã-evangélica. Eu tenho acompanhado a produção norte-americana há algum tempo e me espanta o número de teólogos pós-evangélicos que se identificam como pentecostais. Virou uma modinha. Hoje em dia até o Jurgen Moltmann é considerado pentecostal em alguns círculos.

Alguns nomes, que eu não irei citar, embora brilhantes eruditos, estão mais compromissados com uma agenda pluralista do que com as Sagradas Escrituras. Há, entre eles, alguns que defendem que o Espírito Santo atua em outras religiões não-cristãs. Dizem que o Espírito está operando salvação sem a proclamação do Cristo crucificado. Outros afirmam que o Espírito Santo quer unificar a humanidade a Deus através da política e da ação social. Outros entendem que a fé cristã não depende de uma confissão dos credos cristãos, mas que pode ser manifesta em doutrinas alheias ao cristianismo histórico. Isso tudo é o que eu chamo de panpneuma, ou seja, um panteísmo pneumatológico.

Não escrevo isso para incentivar o boicote a um ou outro teólogo, logo porque nem citei nomes, mas apenas para lembrar que nem todo teólogo vendido como pentecostal manifesta as crenças que a maioria dos pentecostais manifestam: a fé em um Deus pessoal que intervém e opera milagres, cuja salvação está apenas em Cristo e cuja mensagem se apresenta através da Igreja.

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