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Réveillon no Rio deve atingir 100% de ocupação dos hotéis e já lota restaurantes e praias – Jornal O Globo

RIO – Mesmo sem shows na virada do ano na Praia de Copacabana, e apesar da pandemia, o Rio já vive o clima de réveillon. Para a celebração, a ocupação nos hotéis da cidade já atinge 92%. O Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município (Hotéis Rio) diz que a procura dos turistas não para de crescer: na semana passada, o percentual era de 86%. Ontem, o movimento de pessoas de outros estados nas praias da Zona Sul era grande. Bares da região também já andam cheios: nos restaurantes do Forte de Copacabana, havia filas na hora do almoço.

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Presidente do Hotéis Rio, Alfredo Lopes diz que o setor está em alta desde o Natal, quando recebeu um número de turistas 18% maior do que em 2019. Para o réveillon, há a expectativa de 100% de ocupação. Hoje a cidade conta com 52 mil quartos. Na virada para 2020, a última com festa no Rio, a lotação nos hotéis chegou a 98%.

— Acreditamos que será de 100% a ocupação. As pessoas estão ficando mais dias na cidade, estão esticando, até para pegar o sábado e o domingo. O Rio está surfando na condição de ter índice de cobertura vacinal elevado — afirma Lopes.

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Hoje, o Rio tem 80% da sua população vacinada com duas doses contra a Covid-19. De acordo com o presidente do Hotéis Rio, 90% dos turistas que passarão a virada no Rio são brasileiros, sendo que 60% deles vêm de São Paulo. Já entre os visitantes internacionais, 70% são de países da América do Sul.

Copacabana nesta terça-feira estava repleta de turistas que já desembarcaram para o réveillon. Muitos aproveitam o dia de sol na areia e no calçadão. A estudante Thayna Diniz, de 23 anos, de Santo André, São Paulo, passeava ontem pelo Forte de Copacabana: ela contou que está no Rio para para ver a queima de fogos com os pés na areia. Será seu primeiro ano novo na cidade. E a ideia dela é só ir embora em 5 de janeiro.

— Não ter show no réveillon de Copacabana não vai atrapalhar em nada. O que importa é estar com meus amigos, com pessoas que eu gosto — conta Thayna, que se surpreendeu com o movimento em Copacabana. — Não esperava encontrar um Rio tão cheio, mas está dando para aproveitar

Para evitar aglomeração, além do cancelamento dos shows em Copacabana, haverá restrições nos serviços de transporte na sexta-feira. Como divulgou a prefeitura, mais de 20 linhas de ônibus terão mudança de itinerário a partir das 20h de sexta-feira. Neste mesmo horário, o metrô será fechado. Além disso, a entrada dos fretados em Copacabana será bloqueada a partir de meia-noite do dia 30.

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Presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio), Fernando Blower diz que o clima visto hoje na cidade, que lembra o Rio pré-pandemia no verão, deve se estender até o carnaval:

—Por mais que não tenha os shows, há turistas chegando. A manutenção dos fogos e dos eventos privados também fez com que muitos cariocas permanecessem na cidade. O cenário deste ano é muito positivo. Passado o Natal, as pessoas já começaram a desembarcar no Rio. Desde domingo, o fluxo vem aumentando.

David Zylbersztajn, sócio do quiosque de Lamare, em Ipanema, diante do cenário atual, faz sua aposta:

—O Rio será o principal destino do verão brasileiro.

‘Farofa’ na areia

Para muitos cariocas e turistas, as celebrações do ano novo em Copacabana não dependem de palcos com artistas. O carioca Bruno Amorim, de 21 anos, diz que vai para o seu quarto réveillon na Princesinha do Mar.

— Acredito que toda aquela farofa vá continuar na areia de Copacabana. Essa confraternização, a galera se reunindo, tudo isso vai ter. É cultural do Rio, e a festa vai continuar sendo grande e intensa — analisa o professor de Português, que mora na Freguesia e promete, na companhia de amigos, chegar cedo a Copacabana no dia 31 e aguardar o espetáculo pirotécnico em algum quiosque.

Outro que ontem caminhava por Copacabana era o jornalista carioca Bruno Anacleto, de 38 anos, que atualmente vive em São Paulo. Para ele, o cancelamento dos shows deve afetar mais os cariocas que os turistas.

— Não ter os shows afasta mais os moradores do Rio que costumam passar réveillon aqui, e não quem vem de fora — diz ele, que estará na areia à meia-noite de sexta.

Mas, sua mãe, que mora na Zona Norte, vai passar a virada no apartamento de outro filho, em Copacabana. Lucimélia Siqueira, de 60 anos, revela ter medo da aglomeração:

— Não achei que o Rio fosse ficar tão cheio.

De Brasília, a fotógrafa Amanda da Silva está no Rio com oito amigos desde o dia 26. Ontem, aproveitavam Copacabana. Mas a virada para 2022 será em Arraial do Cabo:

— A gente juntou o desejo de conhecer Arraial do Cabo com a ideia de passar esses dias no Rio, visitando os pontos turísticos.

(*) Estagiário sob supervisão de Giampaolo Morgado Braga

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