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Resumo da semana: Doria, vacina e ‘fake news’ sobre o SUS

Confira o que foi notícia nos últimos dias

João Doria

Governador de São Paulo, João Doria | Foto: José Cruz/Agência Brasil

Série de conteúdos negativos para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Novidades em torno de projetos de imunizantes contra a covid-19. Boato sobre a privatização do sistema de saúde público brasileiro. Esses e outros temas movimentaram o noticiário da semana. Confira, abaixo, o resumo — dia a dia — organizado por Oeste.

Segunda, 26

A semana começou agitada na esquerda nacional e internacional. No Brasil, Oeste divulgou a informação de que a campanha de Guilherme Boulos (Psol) para a prefeitura de São Paulo já se tornou mais cara do que a de Jair Bolsonaro para a Presidência da República. Na Bolívia, a Justiça anulou a condenação contra o ex-presidente Evo Morales. Do outro lado do espectro político, a ministra Tereza Cristina teve seu nome indicado para presidir a Câmara dos Deputados, enquanto o líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), defendeu a realização de plebiscito sobre a definição de uma nova Constituição para o país — como ocorreu no Chile.

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O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara | Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Terça, 27

Nos Estados Unidos, a juíza de perfil conservador Amy Coney Barrett tomou posse na Suprema Corte. Com isso, a “democrata socialista” Alexandria Ocasio-Cortez defendeu mudanças para a composição do tribunal, que passa a ter progressistas como minoria. Pelo Poder Judiciário daqui, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu dar um presente para o então aniversariante Lula: resolveu adiar o julgamento de um dos processos pelos quais o petista responde. Unindo o meio político ao noticiário policial, o atual e um ex-governador da Paraíba passaram ser investigados por desvios na Saúde e mais um candidato a vereador foi assassinado em pleno período de campanha eleitoral.

→ Análise, por Silvio Navarro: “STJ presenteia o aniversariante Lula — que não é mais ninguém”

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Foto: Ricardo Stuckert/Instagram/Lula

Quarta, 28

Bolsonaro foi notícia por causa da edição de dois decretos. Primeiramente, assinou documento que define o direito à vida desde a concepção. Depois, anunciou a ação que permitiria estudos para que unidades básicas de saúde fossem geridas pela iniciativa privada. Com críticos e parte da imprensa falando em possibilidade de privatização do SUS, ele revogou o decreto. Ainda na política, Wilson Witzel admitiu a possibilidade de pedir asilo ao governo do Canadá, enquanto a mesa diretora da Câmara dos Deputados finalmente encaminhou o caso de Flordelis (PSD-RJ), parlamentar acusada de planejar o assassinato do próprio marido, para o conselho de ética.

→ Análise, por Silvio Navarro: “O inútil conselho de ética da Câmara dos Deputados”

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A deputada federal Flordelis | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Quinta, 29

O dia começou com uma notícia animadora, pois um estudo indicou que o tratamento com hidroxicloroquina reduz em sete vezes o número de internações em decorrência da covid-19. Em relação à doença, a França impôs novo lockdown na tentativa de evitar o aumento do nível do contágio. Bolsonaro atacou de cabo eleitoral e declarou apoio às candidaturas de Celso Russomanno, Marcelo Crivella e até de aliados que tentam se tornar vereadores no pleito deste ano. O noticiário que começou animador, terminou com nota de pesar. Isso porque foi revelado que uma brasileira foi vítima de um atentado terrorista ocorrido em Nice, na França. O ataque fez um cardeal da Igreja Católica definir o islamismo como “fanatismo monstruoso.”

→ Análise, por Branca Nunes: “O autoritarismo escancarado invade Paris”

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Foto: Divulgação/Twitter

Sexta, 30

A política deu o tom do noticiário, que começou com a informação de que o Brasil criou 313 mil vagas formais de emprego em setembro. Bolsonaro prometeu erradicar o comunismo do país e avisou que pode reeditar o decreto sobre a parceria com a iniciativa privada para administração de unidades básicas de saúde. Na corrida pela prefeitura de São Paulo, Filipe Sabará (Novo) desistiu da disputa, e Guilherme Boulos (Psol) foi desmentido publicamente pela faculdade que ele jurava ter vínculo profissional. Por fim, a São Paulo Fashion Week anunciou cota racial e a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) criticou o STF em entrevista exclusiva a Oeste. Para completar, o governo anunciou novos vice-líderes no Congresso e o ex-ministro Abraham Weintraub foi reeleito diretor do Banco Mundial.

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A deputada federal Bia Kicis | Foto: Afonso Maragoni/Revista Oeste

Destaques

Além disso, a semana contou com dois temas que não se esgotaram num único dia:

A vacina produzida por Oxford apresentou resultados positivos, mas ela só deve chegar ao Brasil em 2021. E detalhe: os primeiros imunizantes contra o novo coronavírus devem ter efeitos limitados. Bia Kicis criticou indiretamente Doria e classificou como “ação ditatorial” a obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19, enquanto Bolsonaro enfatizou que não irá financiar o projeto defendido pelo tucano. Em sintonia com o colega de partido, o deputado Aecio Neves (PSDB-MG) ressurgiu com proposta para punir quem não se vacina. O presidente da Anvisa se queixou do que chamou de pressão por vacina.

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Universidade de Oxford anuncia retomada de testes da vacina contra covid-19 | Foto: Divulgação/Universidade de Oxford

A semana parece não ter sido positiva para o governador João Doria. Apesar de a Justiça determinar o desbloqueio de seus bens, ele contou com uma série de notícias negativas. Obras realizada em seu governo entraram na mira do Poder Judiciário. Além disso, ficou sabendo que o ajuste fiscal idealizado por ele pode render processos. Ainda acompanhou o ministro Gilmar Mendes, do STF, tomar uma decisão contrária a seu secretário Alexandre Baldy — o magistrado manteve o bloqueio dos bens do político, que chegou a ser detido em agosto. E um grupo anunciou manifestação contra a “vachina” e a gestão do tucano.

joão doria e vachina x protesto convocado pelo twitter

O governador de São Paulo, João Doria, que será alvo de protesto por defender a obrigatoriedade da aplicação de vacina contra a covid-19 | Foto: Divulgação/GESP

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