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Resposta ao Vinícius Cesar e seu vídeo do Argumento Kalam

Eu não gosto muito de interagir com neo-ateus. Eu sempre distingo entre ateu (ou cético) e neo-ateu (um antirreligioso). Neste caso, esse sujeito parece ser esse último dado que ateus mesmo são raros. O que tem normalmente são agnósticos. Eu normalmente acho esses vídeos de ateístas simplistas e superficiais, além de alegar coisas já respondidas.

Mas como o pessoal pediu pra eu responder acho bom dar uma resposta. Vamos analisar o vídeo em questão.

Logo aos 0:22 já começa com a alegação de que é “fácil de refutar o argumento, como tudo aquilo que as pessoas se apegam pela fé”. Pura alegação gratuita e sem fundamento. Primeiro, quem disse que a fé cristã é mera crendice e crença sem provas? Não é isso a definição de fé cristã.

A fé, pelo menos até certo ponto, é um aspecto importante de nossas vidas. Quando aceitamos um emprego, esperamos receber um pagamento. Plantamos sementes crendo que elas germinarão. Confiamos em nossos amigos. E acreditamos nas leis que governam o Universo. Essa fé não é ingênua, pois se baseia em evidências. Da mesma forma, a fé na existência de Deus é fundamentada em evidências.
Em Hebreus 11,1, a Bíblia diz: “A fé é . . . a demonstração evidente de realidades, embora não observadas.” Outra tradução diz: “Fé é . . . ter convicção de que uma coisa existe, mesmo quando não a vemos.” (Bíblia Fácil de Ler) Para ilustrar: imagine que você está caminhando na praia e, de repente, sente o chão tremer. Daí vê a água recuar rapidamente. Você se dá conta de que esses fenômenos são sinais de um tsunami. Nesse caso, o tremor e o recuo das águas formam uma “demonstração evidente” de uma realidade ainda não observada, ou seja, a chegada das ondas. Por causa de sua fé baseada em conhecimento, você foge para um lugar alto em busca de proteção. Não vou nem responder a esse espantalho que faz da fé.

Ele alega aos 1:53 que o argumento diz que “tudo o que existe tem uma causa”. Lembrando que o Argumento Kalam diz que “tudo o que começou a existir tem uma causa”.

Aos 2:32 confunde causalidade com objetivo. Que o universo teve um princípio é atestado pela ciência e a primeira premissa do Kalam afirma isso. Ele não faz nada pra refutar essa premissa a não ser um monte de balela alegando contra a fé cristã.

Mas sobre essa alegação de propósito, vamos devolver a questão para o ateísta. Já falamos sobre isto aqui. O cientista evolucionista Richard Dawkins afirmou, “A seleção natural, o processo inconsciente, automático, “cego” ainda essencialmente não-aleatório, que Darwin descobriu, não tem nenhum propósito em mente.” Se Dawkins estiver correto em seu pensamento, um despropositado acidente produziu um despropositado mundo. O que é intrigante, é por que Dawkins ou qualquer pessoa ofereceria explicações, se o mundo não tem propósito ou sentido definitivos? Quero ver um ateu viver de acordo com sua visão ateísta.

Uma das questões levantadas por uma vida sem propósito é: qual a importância da moral? Se a vida não tem propósito e sentido, então por que os indivíduos não deveriam fazer o que quiserem? Ademais, por que as pessoas falariam em virtude ou vício, se Deus não existir? Parece que ateístas têm de viver como se Deus existisse, ainda que negando Sua existência.

De novo, o sujeito não faz nada pra refutar o Argumento. Só alega bobagens. A grande questão aqui é que, sem Deus, não há um padrão objetivo no qual você possa se basear para viver moralmente bem ou mal. Pense nisto: quando dizemos que alguém é alto ou baixo, só dizemos isso porque temos a altura da maioria das pessoas como paradigma. Logo, a pessoa a quem estamos dizendo ser alta ou baixa é alta ou baixa em relação à altura da maioria das pessoas. Portanto, nesse caso, temos um padrão, a partir do qual podemos nos basear para emitir uma proposição. E mais ainda, para qualquer proposição que se faça, é necessário haver um padrão para tê-la como verdadeira ou falsa. A proposição1: o céu é azul, por exemplo, requer a realidade do céu como padrão para que possamos tomar tal proposição como verdadeira ou falsa. Portanto, somente analisando o céu – nosso padrão – é que poderemos tomar tal proposição como verdadeira ou falsa.

Uma muleta emocional é algo que faz a pessoa enganar a si mesma, levando-a a ignorar a realidade e impedindo-a de raciocinar de maneira lógica. Por exemplo, alguns recorrem a bebidas alcoólicas para se sentir mais confiantes e capazes de lidar com problemas. Mas a longo prazo acabam se prejudicando. Será que se pode dizer o mesmo da fé religiosa?

Alguns dizem que fé é o mesmo que credulidade. Afirmam que as pessoas que recorrem à fé não querem pensar por si mesmas ou reavaliar suas crenças à base de claras evidências. Com isso, esses céticos estão dizendo que quem tem uma forte fé ignora a realidade.
A Bíblia fala bastante sobre fé. Mas em nenhum lugar ela nos incentiva a ser crédulos ou ingênuos. Também não promove a preguiça mental. Pelo contrário, ela chama de inexperientes, e até de tolos, aqueles que acreditam em tudo o que se diz. (Provérbios 14:15, 18) De fato, seria muita tolice da nossa parte aceitar algo como verdade sem confirmar os fatos. Seria o mesmo que tentar atravessar uma rua movimentada com os olhos vendados só porque alguém nos disse para fazer isso.

O primeiro é da causalidade. O universo, limitado em todos os seus detalhes, não poderia ser sua própria causa. Não poderia mais se unir a todas as suas leis reguladoras do que a ponte do porto de San Francisco poderia simplesmente acontecer, ou um relógio poderia se montar e manter o tempo perfeito sem um fabricante de relógios. No mesmo princípio, se não houvesse Deus, não haveria você para contestar Sua existência.

E lá vem a maior bobagem em 3:37. “Quem criou Deus?” Nem ateus usam essa bobagem. Já explicamos isso aqui. Também veja este vídeo. A superficialidade desse sujeito é dose. No entanto, essa objeção é chamada de erro de categoria. Um erro de categoria é um erro de raciocínio no qual as coisas pertencentes a uma categoria são apresentadas como se pertencessem a outra categoria. Por exemplo, e se eu perguntasse, qual é o sabor da cor vermelha? Essa pergunta não faz sentido porque peguei uma cor vermelha e a inseri na categoria de gosto. É impossível que o vermelho tenha gosto de qualquer coisa, porque é uma propriedade visual. A objeção à primeira premissa do Kalam comete um erro de categoria porque o Deus do cristianismo é, por definição, eterno e, portanto, incriado. Por exemplo, o Salmo 90: 2 diz: “Antes que os montes surgissem, ou que você formasse a terra e o mundo, de eternidade em eternidade, você é Deus”. Apocalipse 1: 8 declara: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim dizem o Senhor Deus. Quem foi, e é, e está por vir. Essas passagens do Antigo Testamento e do Novo Testamento falam de como cristãos e judeus vêem Deus. Ele é um ser eterno, não criado.

Portanto, a pergunta dos não-crentes é um erro de categoria, porque eles estão tentando mover Deus da categoria de coisas não criadas para a categoria de coisas criadas. Pode ser que, ao fazer a pergunta “Quem criou Deus”, o cético tenha intencionalmente ou não intencionalmente interpretado o argumento, pensando que o argumento é: “Tudo o que existe tem uma causa” quando, de fato, a primeira premissa é o que começa a existir precisa de uma causa.

O Argumento Kalam cai na falácia da súplica especial? Não. Já respondemos isso aqui. Sobre o teísmo e outros deuses veja aqui. A diferença, seu Vinícius, é que Jesus é uma pessoa histórica e os evangelhos podem ser levados à sério sim. As afirmações da vida e pessoa de Jesus são bem atestadas na história e qualquer pessoa honesta pode verificar o fato da ação do cristianismo e da Igreja na história. Isso é o que distingue o cristianismo das outras religiões e cosmovisões.

Jogar na mega-sena deveria ser o ateísmo, dado que a probabilidade da vida existir por acaso. As proteínas necessárias para a vida possuem moléculas muitíssimo complexas. Qual é a probabilidade de até mesmo uma molécula simples de proteína se formar ao acaso num caldo orgânico? Os evolucionistas reconhecem que é de apenas uma em 10113 (1 seguido de 113 zeros). Mas qualquer acontecimento que tenha uma probabilidade em apenas 1050 é rejeitado pelos matemáticos como jamais ocorrendo. Tem-se uma idéia das probabilidades envolvidas no fato de que o número 10113 é maior do que o total estimado de todos os átomos no universo!

Um estudo de religiões comparadas demonstra que apenas quatro religiões são consistentes com a conclusão do argumento cosmológico: judaísmo, cristianismo, islamismo (é por isso que Ghazali o defendeu) e deísmo. Todas as outras religiões envolvem um cosmos eterno que tem Deus ou deuses trazendo ordem da matéria, energia, espaço e tempo eternamente existentes, ou então seu deus é o próprio universo (panteísmo). Portanto, se você está escolhendo uma visão sobre Deus baseada apenas no argumento cosmológico, sua lista de opções consistente com a evidência é limitada a apenas 4 opções, sendo o cristianismo entre elas. Somente as religiões abraâmicas (e o deísmo) ensinam que um Deus como o descrito acima trouxe toda a realidade física à existência do nada.

Essa objeção, no entanto, evapora-se quando se compreende o princípio da causalidade que prevalece no argumento. O princípio em questão afirma que  tudo o que começa a existir tem uma causa , não que  tudo o que existe tem uma causa . Portanto, nenhum pedido especial ocorreu a favor de Deus, uma vez que não esperamos que o princípio se aplique a Ele, uma vez que não se refere a entidades, como Deus, que não começam a existir. 

Em suma, a acusação de defesa especial, conforme formulada nesse caso específico, é simplesmente o resultado de uma ignorância compreensiva sobre como a falácia relevante realmente ocorre. Se os detratores do KCA realmente querem ver se o argumento é válido ou não, esse esforço será mais bem-sucedido depois de aprenderem duas coisas: (1) o que o argumento realmente afirma e (2) não descartá-lo prematuramente, dando réplicas que traem a noção de que eles entenderam sua própria objeção.

Aos 9:00, presumivelmente, este é o problema de “Quem criou Deus?”  (não consigo pensar em outro problema). Não vejo por que isso é um problema, dada a formulação do argumento. “Tudo o que começa a existir tem uma causa.” Deus não começou a existir. “ Ad hoc !” alguém pode chorar. Mas eles estariam enganados. Há uma boa razão para afirmar isso. A aplicação da conclusão exige que a Primeira Causa anteceda, logicamente, tudo o mais. O ato da Primeira Causa de trazer o universo à existência é o primeiro momento. Portanto, se a Primeira Causa não fosse realmente a primeira causa, o primeiro momento do tempo já teria existido. Mas isso não existia. Portanto, a primeira causa foi a primeira.

Olha a besteira que o sujeito fala aos 9:23: “o que esse ser estava fazendo no nada fazendo nada?” É tanto absurdo aqui que nem sei por onde começar. É muito superficialismo. Mas você está perdendo o fato de que não houve tempo antes de Deus criar.

O tempo é realmente uma entidade criada. O primeiro versículo da Bíblia diz: “ No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gênesis 1: 1 , grifo nosso).

No entanto, bem no “princípio”, a Bíblia coloca um ser inteligente, o Criador, no controle da obra criativa. Embora muitos cientistas não apreciem esta idéia, ela se harmoniza com as conclusões de alguns astrônomos, de que o universo teve deveras um princípio, que ele é muito bem ordenado, e que é governado por leis definidas. Um arranjo ordeiro, baseado na lei, somente pode proceder de uma mente inteligente. Ao passo que a ciência tem explicado muitas destas leis a nós, apenas Gênesis nos introduz ao Legislador.
O relato de Gênesis prossegue delineando a seguir os famosos seis “dias” da criação. Tais dias, porém, não eram o tempo durante o qual a matéria da Terra e do universo foi criada. Isso já havia acontecido “no princípio”. Os seis dias da criação foram, ao invés, os períodos de tempo durante os quais a Terra primordial. Quando ensino crianças, gosto de explicar dessa maneira. Não havia “antes” que Deus criou. Não havia nem “nada”! Deus existia na eternidade. É por isso que Deus É.

E sobre a vida em outros planetas, etc é bem provável que tudo, mesmo mais distante, esteja ajustado para a vida aqui na terra.

Cada objeção foi tratada com uma resposta. Isso significa que cada cristão, e cada pessoa, é racionalmente justificado em aceitar o ACK. Se isso é verdade, parece que a verdade do ACK implica Deus – não apenas qualquer Deus, mas o Deus da Bíblia!

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