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Produção industrial da China cresce ao ritmo mais rápido do ano e exportações sobem incríveis 21%

HONG KONG | FINANCIAL TIMES

recuperação da economia da China depois do coronavírus seguiu adiante com toda força em novembro, e indicadores cruciais de atividade atingiram suas marcas mais elevadas do ano.

produção industrial cresceu em 7% ante o período no ano passado, em novembro, avançando ante o crescimento de 6,9% do mês anterior, e as vendas do varejo subiram em 5%. Os dois indicadores subiram mais do que em qualquer outro mês de 2020.

A economia da China voltou a crescer no segundo trimestre, após uma queda no primeiro trimestre. A recuperação foi alimentada pelo setor industrial do país e pelo forte crescimento das exportações em um momento no qual outras grandes economias estavam em dificuldade.

O retorno permitiu que a China assumisse papel mais dominante no comércio mundial, que também ganhou ritmo no mês passado. As exportações subiram em 21,1% em termos de dólares em novembro, a maior alta desde fevereiro de 2018, elevando o superávit comercial da China ao nível mais alto já registrado.

O crescimento das vendas do varejo foi estimulado em novembro pelo “Dia dos Solteiros”, a maior festa de consumo do planeta. Os avanços nos gastos surgiram a despeito de preocupações de que o desempenho do consumo era inferior ao da recuperação chinesa mais ampla. Os números do consumo continuam a registrar queda de 4,8% nos 11 primeiros meses do ano, ante o período em 2019.

O investimento em ativos fixos, enquanto isso, subiu em 2,6% nos 11 primeiros meses do ano, e em novembro o índice de desemprego caiu a 5,2% —o mesmo nível que existia em dezembro do ano passado.

Ting Lu, economista chefe para o mercado chinês do banco Nomura, apontou que os fortes indicadores de novembro e o ímpeto mantido em dezembro criavam algum “risco de alta” para a projeção do banco de 5,7% de alta no PIB (Produto Interno Bruto) no quarto trimestre.

Na terça-feira (15), a consultoria Oxford Economics elevou sua projeção sobre o crescimento anual da China em 2020 a 2,1%, e antecipa 8,1% de crescimento para o ano que vem. Louis Kujis, diretor de economia asiática na empresa, antecipa um aperto da política monetária que pode afetar o crescimento de trimestre a trimestre no ano que vem.

“Antecipamos que a postura macro da política econômica mude de expansiva para contrativa, com uma queda geral no déficit do governo e as autoridades monetárias agindo para conter o endividamento macro”, ele disse.

Créditos: Folha de São Paulo

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