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Polícia desbarata quadrilha que dava golpes em idosos

RIO – A Polícia Civil faz na manhã desta sexta-feira uma operação contra uma quadrilha de estelionatários que aplicava golpes em idosos com a venda de falsos títulos de clubes de viagens. Além disso, ações de empresas sem validades também eram vendidas às vítimas. Intitulada Operação Logro Fácil, policiais da Delegacia de Defraudações tentam cumprir 11 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão contra o bando. Até as 7h40, quatro suspeitos já haviam sido presos.

Além dos mandados de prisão, a Justiça determinou medidas restritivas de direito contra cinco integrantes do grupo. Eles não serão presos, mas terão que se apresentar em juízo sempre.

De acordo com as investigações, uma vítima chegou a desembolsar R$ 3 milhões para quadrilha por títulos que não existiam. Os criminosos usavam sites de empresas como Pargos Club, Motel Clube do Brasil, Igloo In e Mares do Sul Hotéis Club como isca para as vítimas, muitas delas com mais de 70 anos de idade.

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Segundo a Polícia Civil, os bandidos conseguiam os cadastros das vítimas — sempre idosos — em clubes de viagens. Os acusados então afirmavam que as pessoas teriam o direito de um reembolso a cada ano não usado no clube. Entretanto, para receber esse benefício, a vítima era ludibriada a pagar R$ 8 mil.

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Outro detido em operação contra quadrilha que aplicava golpes em idosos é levado para a delegacia Foto: Divulgação Polícia Civil
Outro detido em operação contra quadrilha que aplicava golpes em idosos é levado para a delegacia Foto: Divulgação Polícia Civil

Os investigadores afirmam que, no primeiro contato às vítimas, um integrante da quadrilha informava a quantidade de supostos títulos a que o proprietário tinha direito e, se ela tinha interesse em vendê-los. Diziam ainda que eles seriam colocados em um classificado interno. Em seguida, um segundo membro do bando entrava em ação e se passava como o comprador das cartelas, iniciando as negociações. Para a farsa dar certo, os criminosos pediam os documentos das vítimas.

O golpe prosseguia com pedidos de registro em cartórios e pagamentos de impostos e seguros. Para cada etapa, o grupo exigia quantias de dinheiro. Vítimas de todo o Brasil caíram no golpe dos falsos títulos.

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Segundo a Delegacia de Defraudações, os estelionatários colocavam no ar sites desses clubes de viagens com telefones dos membros da organização criminosa. O objetivo era, caso a vítima tentasse comprovar a história, que ela  ligasse para outro integrante da quadrilha, que sempre confirmava a versão. Algumas vítimas foram enganadas por anos.

O golpe do falso título, para a Polícia Civil, acontece desde 2011. Alguns dos investigados têm passagens por estelionato desde 2003. Uma mulher que faz parte do bando tem mais de 100 passagens pelo crime de estelionato.

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