A primeira vez que vi Lisboa foi através da janela do avião, era uma tarde de inverno em 2014 e brotou em meu coração uma paixão à primeira vista! Havia sido um longo voo com seis horas de atraso e uma escala imprevista de 3 horas em Madri. Mas tudo isso ajudou para despertar a paixão, caso tivesse chegado no horário esperado, seria madrugada e não poderia ter admirado do alto a beleza da cidade.
Meu primeiro passeio foi pelo Parque Eduardo VII, um dos mais lindos da cidade. No parque, encantei-me com o maravilhoso jardim, com um cão correndo livremente pelo gramado. Fiquei embevecida com o belo pavilhão.
Há alguns passos encontro-me no marco zero da cidade, a estátua do Marques de Pombal, o grande restaurador da cidade após o terremoto de 1755, que não à toa, dominou o todas as dificuldades (o leão da estátua) com mão firme e determinação.
Caminhei pela Avenida da Liberdade, emblemática pelo bom gosto e sofisticação lisboeta. A avenida larga é arborizada e ladeada por edifícios elegantes e lojas das mais caras grifes internacionais. Termina da Praça dos Restauradores, pertinho da Estação de Comboios e metro do Rossio, provavelmente uma das estações mais bonitas da Europa.
Mais alguns metros e estou na Rua Augusta. É uma caminhada de cerca de 300 metros até a Praça do Comércio, contudo, são 300 metros interessantes, observa-se os prédios típicos da arquitetura portuguesa, artistas de ruas que tocam desde fado à exibição de pequenos cães dançarinos. Há cafés, restaurantes com esplanadas movimentadas, inúmeras lojas e até ruínas romanas no subsolo, ao final o magnífico arco.
Atravessando o arco depara-se com a Praça do Comércio, mas antes, passa-se pelos arcos que inspiraram a arquitetura da Faculdade de Direito do Largo São Francisco em São Paulo, neste momento embargou-me a voz, pois um dos sonhos do meu falecido pai era conhecer os famosos arcos e o restaurante predileto de Fernando Pessoa – o Martinho das Arcadas. Evidentemente almocei um delicioso bacalhau ao lado da mesa de um dos mais ilustres poetas portugueses.
Na praça encontrei pela primeira vez o Tejo, e, novamente a emoção tomou meu espírito. O rio, que parece um mar, divide a cidade em duas partes, deste ponto, é possível avistar a ponte que une um lado a outro.
No dia seguinte fui à Belém. Primeira parada, claro, a casa dos pastéis de Belém para desfrutar o melhor doce conventual do planeta. Então, fui ao Mosteiro dos Jerônimos, cuja beleza é indiscutível. Mais alguns metros: Museu da Marinha, Museu Coleção Berardo e a Torre de Belém.
Enquanto aguardava por um passeio de barco ao pôr de sol pelo Tejo (recomendo!), tomei uma taça de vinho admirando a linda Torre de Belém e o movimento dos barcos pelo rio. Este é um dos pontos turísticos indispensáveis da cidade.
Terminei o dia jantando no Solar dos Presuntos, além da comida deliciosa, atendimento primoroso, o local é ponto de encontro de famosos, atletas e artistas.
Indubitavelmente Lisboa tem muito mais coisa para ver e não dá para listar num único artigo. Prometo fazer uma segunda ou terceira parte. Coloquem nos comentários os locais que gostariam de conhecer!
Desejo a todos um excelente Natal com seus parentes e amigos. Que o Menino Jesus traga paz e sabedoria à humanidade.
Aconselho ler este artigo ouvindo a canção “Chuva” da famosa fadista Mariza, certamente será a trilha sonora perfeita para desfrutar da linda Lisboa: https://www.youtube.com/watch?v=tC88Oyz8Khs .
E para finalizar nosso passeio, conheça o fado que dá nome de Menina e Moça a uma das mais fascinantes cidades da Europa: https://www.youtube.com/watch?v=RDRM2dJQDws , os encantos da cidade realmente são de uma menina-moça que à noite transforma-se numa mulher sedutora.
