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Órgãos que fiscalizam setor elétrico sabiam do risco de apagão no Amapá, aponta relatório – G1

Órgãos que fiscalizam setor elétrico sabiam do risco de apagão no Amapá, aponta relatório

Órgãos que fiscalizam setor elétrico sabiam do risco de apagão no Amapá, aponta relatório

Relatórios do governo federal indicam que os órgãos que fiscalizam o setor elétrico sabiam da condição dos equipamentos e dos riscos de um apagão no Amapá.

A informação foi revelada pelo jornal Valor Econômico. Segundo o jornal, “documentos do Ministério de Minas e Energia, do operador nacional do sistema e da Agência Nacional de Energia Elétrica indicam que a subestação atingida, a subestação Macapá, operava no limite da capacidade há cerca de dois anos”.

Em 2008, na época da construção da ligação do sistema de energia do estado com o sistema nacional, já existia a preocupação em implantar mais um transformador, além dos três que foram instalados. Eles ficam dentro da subestação, recebem a energia do sistema interligado nacional. A energia entra na subestação e passa pelos transformadores; a tensão é reduzida para então ser distribuída para o estado.

No edital do leilão de 2008, a Aneel alertou: “Deverá ser previsto espaço para quatro transformadores, sendo três para instalação imediata, os quais fazem parte deste leilão.”

Para piorar a situação, um desses transformadores está em manutenção desde dezembro de 2019. O que deixou o sistema da região ainda mais vulnerável e sem um plano de emergência. Em 17 de julho de 2020, houve uma interrupção do fornecimento de energia no estado., um distúrbio considerado grave para o Amapá.

O operador nacional considerou um distúrbio grave. E pontuou que: “o transformador TR-2 da subestação Macapá continuava desligado em virtude de intervenção programada.”

O Jornal Nacional teve acesso a documentos do ONS que mostram que o conserto desse transformador foi sendo adiado, mês a mês. Em abril de 2020, a previsão de volta ao funcionamento era maio. Em junho, passou para setembro. Em setembro, foi para novembro.

E agora, em 6 de novembro, três dias após o apagão, a nota técnica de operação do ONS passou para maio de 2021.

A Gemini Energy, controladora da LMTE, afirmou que os dois geradores que funcionavam tinham sobra de energia, que, se um parasse, o outro atenderia parcialmente o estado, mas que o acidente fez com que os dois parassem de uma vez e que está informando sobre a manutenção do gerador de número três.

O Ministério de Minas e Energia, o Operador Nacional do Sistema e a Aneel não responderam aos questionamentos do Jornal Nacional.

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