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Ômicron: Com fila para internação, Rio reativará leitos de Covid-19 no Ronaldo Gazolla – Extra

RIO — O rápido crescimento de casos por Covid-19 no Rio já causa um estrangulamento na rede pública da cidade. Na tarde desta terça-feira, o Rio voltou a ter mais pacientes aguardando vaga de internação do que leitos de tratamento disponíveis para a doença. Por causa disso, a Secretaria municipal de Saúde reabriu 50 vagas no Hospital Ronaldo Gazolla, que desde novembro não tratava mais pacientes com coronavírus.

Por volta das 17h desta terça-feira, havia 54 pessoas aguardando um leito para tratar a Covid-19 na rede SUS da cidade do Rio. No entanto, o painel Censo Hospitalar da prefeitura do Rio indicava que havia apenas 38 vagas livres para atender pacientes com a doença. Dos que esperam nesta tarde uma transferência, 10 estavam no CER de Campo Grande, seis no Hospital municipal Souza Aguiar e outros cinco no CER Leblon.

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— A maioria são casos de enfermaria e já estamos transferindo os pacientes na noite de hoje. Estamos separando um andar específico para a Covid e conforme os pacientes forem tendo alta e haja necessidade a gente vai ampliando o Gazolla. Se precisar podemos tranformar gradativamente ele novamente exclusivo para a Covid-19, já que é um hospital com um giro rápido de leitos — explica o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz, que voltou a cobrar do Ministério da Saúde a reabertura de leitos no Hospital de Bonsucesso e no Fundão

De acordo com o painel da prefeitura do Rio, o tempo médio de transferência gira em torno de 29 horas, podendo chegar até 100 horas. Ao todo, o Rio possui 170 pessoas internadas na rede pública da cidade tratando a Covid-19.

Os números de casos que necessitam de internação crescem, até o momento, em uma velocidade menor do que a explosão de casos de coronavírus vista na cidade. O estrangulamento na rede pública ocorre principalmente pela conversão de leitos de Covid para o atendimento de outras especialidades nos últimos meses.

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O Ronaldo Gazolla, por exemplo, foi exclusivo para pacientes com coronavírus até outubro de 2021. Com a redução de casos na cidade, o hospital foi totalmente convertido em não Covid no dia 15 de novembro. Desde então, os pacientes que precisavam de internação eram encaminhados para outras unidades da rede pública, como o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz. Em maio de 2021, por exemplo, o número de pessoas hospitalizadas girava em torno de 1.400.

Número de internados por Covid-19 na rede pública do Rio dobra em 24 horas

Em um intervalo de 24 horas, o número de internados por Covid-19 na rede pública do Rio dobrou. Na noite desde domingo, 61 pessoas estavam hospitalizadas com o diagnóstico da doença. Nesta segunda-feira, já são 129 internados em unidades do Sistema Único de Saúde da capital fluminense. Em uma semana, o aumento do número de internados foi de 437,5%.

Dos casos confirmados nas últimas semanas em todo o estado do Rio, a ampla maioria são da capital, que já sofre um reflexo nas internações pela doença — ainda que em velocidade menor que a de aumento de infectados. Dos quase 25 mil casos já registrados no sistema na última semana, quase 24 mil ocorreram na capital.

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