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Nova mutação da Covid-19 se espalha pela Europa e chega a doze países

Uma variante da Covid-19 surgiu no início do verão europeu e se espalhou para diversos países do continente desde então. A descoberta foi constatada num estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça, e Universidade de Valência, na Espanha. Apesar de ter sido publicado na revista MedRXiv nesta quarta-feira (28), a pesquisa ainda não foi revisada por pares.

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A sequência da variante encontrada no novo coronavírus, nomeada como 20A.EU1, poderia ter aparecido inicialmente na Espanha entre trabalhadores agrícolas do nordeste, em meados de junho, e agora compreende por 80% das sequências genéticas dos casos novos da doença no país.

No total, 12 países da Europa, como Suíça, Irlanda e Reino Unido, observaram a presença da Covid-19 desde julho. Entretanto, outras centenas de variantes do novo coronavírus poderiam estar circulando pelo continente, o que explicaria o surgimento da segunda onda e dos novos casos que estão sendo observados nas últimas semanas. 

Segundo o estudo, ainda não é possível dizer se a disseminação da Covid-19 através de turistas seria suficiente para o rápido aumento de casos em vários países, ou se a nova mutação tem uma transmissibilidade maior.

Os pesquisadores acreditam que a expansão da variante foi facilitada pelo afrouxamento das restrições a viagens e medidas de distanciamento social no verão.

“Podemos ver que o vírus foi introduzido várias vezes em vários países e muitas dessas introduções se espalharam pela população”, diz a professora Tanja Stadler da ETH Zürich, uma das principais investigadoras do estudo, “Isso não é uma caso de uma introdução simplesmente dando certo”.

Para analisar e rastrear os genomas do novo coronavírus, os pesquisadores coletaram amostras de pacientes infectados pela Covid-19 em diferentes países da Europa.

Hoje, a mutação está presente em 90% das sequências genéticas no Reino Unido, 60% das sequências da Irlanda e entre 30 e 40% das sequências na Suíça e na Holanda. 

Os autores do estudo destacam a importância de avaliar como os controles de fronteira e as restrições de viagem funcionaram para conter as transmissões SARS-CoV-2 durante o verão e o papel que essas viagens tiveram. 

Os pesquisadores ainda avaliam se a nova mutação poderia implicar em variantes clínicas, e como o fenótipo do vírus Cov-2 foi impactado. 

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