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Na França, 4 em cada 10 pessoas rejeitam vacina da Covid-19

A França tem a maior parcela de pessoas que se opõem à vacinação contra a Covid-19. Cerca de quatro em cada dez franceses afirmam que, definitivamente ou provavelmente, não devem se vacinar, de acordo com pesquisa feita pela consultoria Kantar Public, divulgada na quinta-feira (4). O ceticismo é alto também na Alemanha e nos EUA: 26% dos americanos e 23% dos alemães rejeitam a imunização.

O resultado mostra o tamanho do desafio que muitos governos devem enfrentar para vacinar a população. A resistência foi menor na Itália (12%), no Reino Unido (14%) e na Holanda (17%), segundo o levantamento conduzido entre os dias 13 e 26 de janeiro, em sete países, que revelou uma correlação entre a relutância à vacinação e a confiança nos respectivos governos.

Apenas 11% dos cidadãos nos Estados Unidos e 13% dos franceses dizem que seus governos são fontes confiáveis de informação sobre as vacinas. Na Holanda e no Reino Unido, a confiança no governo é de 30%.

O estudo também sugere que o ritmo de vacinação em cada país também está ligado à confiança nas vacinas e nos governos. Mais de 60% dos entrevistados britânicos responderam que estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com a velocidade da campanha de vacinação no Reino Unido, enquanto apenas 31% respondem o mesmo na França – que tem o ritmo de vacinação mais lento da União Europeia (UE).

No entanto, na Holanda – que até agora conseguiu entregar uma dose para apenas 1,8% da população, bem abaixo da média europeia –, 58% dos entrevistados dizem que estão satisfeitos com a campanha nacional de imunização.

Em todos os sete países que participaram da pesquisa – França, Alemanha, Holanda, Itália, Índia, Reino Unido e Estados Unidos –, médicos de família e autoridades nacionais de saúde foram considerados como fontes de informação muito mais confiáveis quando o assunto é vacina. Em média, os profissionais são considerados confiáveis por 39%, e as autoridades de saúde por 41%.

O diretor de pesquisas internacionais da Kantar Public, Emmanuel Rivière, disse que o estudo revela a escala do esforço de comunicação que alguns governos terão de enfrentar para melhorar a aceitação das vacinas.

Segundo o pesquisador, é improvável que a popularidade de governos nacionais da Europa seja afetada pelo ritmo lento dos programas de vacinação, desde que as restrições contra a Covid-19 permaneçam em todo o continente.

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