O futebol italiano perdeu um de seus maiores ídolos. Morreu, nesta quarta, o ex-jogador Paolo Rossi, aos 64 anos. A notícia foi divulgada pelo jornalista Enrico Varriali, jornalista da RAI. Em seguida, os veículos do país confirmaram. A causa da morte não foi divulgada.
RIP Legends pic.twitter.com/5CEbjqyzQF
— Jonatas Novais (@diozao) December 10, 2020
Rossi foi o herói do título mundial da Itália na Copa da Espanha, em 1982. Entre os brasileiros, ele ficou conhecido como o responsável pela eliminação da seleção de Zico & Cia. Foram do atacante os três gols da vitória da Azurra por 3 a 2 que eliminou a equipe treinada por Telê Santana.
Em um espaço de duas semanas, o futebol perdeu dois heróis de Copa. Além de Rossi, destaque em 1982, Diego Armando Maradona, o nome do Mundial de 1986, faleceu na Argentina.
O ex-jogador da Perugia, Juventus, Milan e Verona marcou seis gols em 1982. Um heroismo que tardou a ser despertado. Até o confronto com o Brasil, pela segunda fase da competição, ele ainda não havia balançado as redes.
Renascimento do carrasco
Foi uma derrota inesperada da seleção de Telê Santana em 1982. A Itália chegava de uma campanha pífia com três empates em Vigo, no norte da Espanha, enquanto o Brasil dera espetáculo em Sevilha.
No ano de 1980, de fato, uma investigação sobre manipulação de partidas havia assombrado o Campeonato Italiano, afastando alguns de seus protagonistas, como o próprio Rossi, à época no Perugia. Foi suspenso por dois anos e só voltou a jogar em abril de 1982, nem três meses antes do encontro no Sarriá. Jogou só três partidas pela Juventus na temporada, e mesmo assim Bearzot, que morreu em 2010, o convocou.
Leia mais:
Rossi disse que “Bearzot é o técnico ao qual devo substancialmente tudo que fiz, e não apenas naquela Copa”. O carrasco do Brasil chegou a dizer também que o técnico italiano: “Ele me devolveu à vida e me fez “Pablito”.
E “Pablito”, com três gols sobre o Brasil, devolveu a Itália à vida, dando-lhe a força e a convicção que a conduziriam até o topo. Depois do primeiro gol em Waldir Peres, jamais parou: fulminou depois Polônia e Alemanha na semifinal e na final. Mas tudo talvez fosse impossível sem a incrível torrente de emoções do Sarriá.
Artigos relacionados