Moradores ainda reclamam de torneiras secas a um dia do fim do prazo para Cedae regularizar abastecimento – G1

Muitos moradores reclamam de falta d’água e também da qualidade da água que chega nas torneiras.

Quem mora na Rua das Palmeiras, no Pechincha, na Zona Oeste do Rio, diz que o problema já faz parte da rotina. A paralisação da Estação do Guandu só tornou o problema pior.

“Uma vez por mês geralmente a gente fica sem água. Se aqui tem um pico de luz, a gente fica sem água porque a gente depende de uma bomba que fica na estrada Campo da Areia e se faltar luz, essa bomba desliga, muitas vezes queima e a gente fica sem água”, diz a cozinheira Simone Brum, que está há quatro dias sem água.

Simone faz salgadinhos por encomenda, e com a falta d’água não consegue trabalhar.

“Toda a resposta que a gente tem da Cedae quando a gente fica sem água é que a gente tem que aguardar cinco dias úteis pra tudo, só que as contas não param de chegar”, reclama.

O problema atinge vários bairros da capital e outros pontos da Região Metropolitana.

Em Nilópolis, um morador diz que precisa contar com a ajuda de vizinhos.

“Sem um pingo d’água pra beber, louça na pia, fogão sujo, que não tem água. O pouco de água que a gente consegue, temos que pedir para os vizinhos, quem ainda tem um pouco de água pra ceder”, diz Jorge Luiz.

O problema começou depois que a Cedae desligou o sistema de Guandu por cerca de dez horas. A medida foi adotada pela companhia ainda na noite de quinta-feira (21) depois de reclamações de mudanças no gosto e aparência da água que chega para os consumidores.

A Cedae deu prazo até domingo para que o abastecimento seja regularizado.

Em alguns bairros, a água começou a voltar, mas muitas pessoas reclamam da qualidade.

Na Penha circular, o galão de água parece de lama. No Engenho Novo, o problema é o mesmo.

“Olha a cor da água que tá saindo da bica. Que absurdo”, diz uma moradora.

Em nota, a Cedae informou que adotou medidas e eliminou qualquer possibilidade de alteração no gosto e no cheiro da água produzida no Guandu e distribuída para a Região Metropolitana.

Sobre a situação no Pechincha, a companhia enviou uma equipe ao local, que colheu uma amostra da água para análise.