RIO – O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou neste sábado que os primeiros caminhões de cilindro “com milhares de litros de oxigênio” partem hoje para Manaus.
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Eles saem da fábrica estatal em Puerto Ordaz, a 1600 km de manaus. A viagem leva cerca de 26 horas.
Arreaza não específicou a quantidade exata de litros de oxigênio, nem quantos caminhões estão a caminho.
Jorge Arreaza anunciou na quinta-feira que conversou que conversou com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e colocou à disposição o oxigênio necessário para atender o serviço de saúde de Manaus.
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Em uma rede social, o chanceler disse que seguiu as instruções do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para oferecer o produto ao governo do Amazonas.
“Por instruções do presidente Nicolás Maduro conversamos com o governador do estado do Amazonas, Brasil, Wilson Lima para colocar imediatamente à sua disposição o oxigênio necessário para atender a contingência sanitária em Manaus. Solidariedade latino-americana antes de tudo!”
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Em seguida, o governador Wilson Lima agradeceu à disposição da Venezuela e foi respondido pelo chanceler, que afirmou ser “sempre uma honra” poder estender uma mão para “o povo irmão do Brasil”.
A cidade enfrenta um colapso no atendimento de saúde, segundo o ministro Eduardo Pazuello e o governador chegou a estabelecer um toque de recolher para reduzir a incidência da Covid-19.
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A White Martins, empresa produtora dos cilindros de oxigênio, relatou em nota que o consumo em Manaus cresceu exponencialmente e mesmo com o aumento na capacidade de produção ao longo de 2020, a fábrica não foi capaz de atender à demanda e, por isso, busca o oxigênio na Venezuela.
Na madrugada deste sábado, Manaus já recebeu uma carga de 70 mil metros cúbicos de oxigênio, vinda por meio de balsas da cidade de Belém. Segundo o Governo do Amazonas, a nova remessa deve garantir a “retomada do do equilíbrio do abastecimento da rede de saúde do estado para os próximos dias”.
O Exército também disse que levou 12 pacientes de hospitais da capital Manaus para São Luís, durante a noite, com hospitais em colapso, sem suprimentos de oxigênio e lotados de enfermarias de terapia intensiva.
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Sepulturas coletivas foram cavadas em Manaus durante a primeira onda da pandemia no ano passado. Cenas terríveis estão surgindo novamente na segunda onda, de médicos e parentes ficando sem suprimentos e equipamentos tentando desesperadamente manter vivos os pacientes atingidos pelo vírus.
A Força Aérea do Brasil disse neste sábado que um segundo voo pousou em Manaus com oito tanques de oxigênio líquido, após uma entrega de emergência anterior de cinco tanques, e a Marinha disse em comunicado que está enviando 40 respiradores.