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Manifestantes foram detidas na Bielorrússia neste domingo

MINSK – Centenas de pessoas foram presas na Bielorrússia, neste domingo, nas manifestações contra o presidente Alexander Lukashenko, cuja reeleição em agosto para um sexto mandato foi contestada pela oposição. As marchas de protesto reúnem milhares de bielorrussos  semanalmente em Minsk, capital do país, para exigir a renúncia do presidente, há 26 anos no poder, após sua reeleição, em 9 de agosto, marcada por acusações de fraude maciça.

De acordo com a lista elaborada pela organização de defesa dos direitos humanos Viasna, pelo menos 380 pessoas foram presas na capital Minsk e em outras cidades, incluindo jornalistas e atletas de alto nível.

Andrei Krauchanka, medalha de prata no decatlo nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, e Ivan Ganin, bicampeão mundial de kickboxing, estariam entre os presos. Ambos já haviam assinado uma carta aberta com mil membros da comunidade esportiva da Bielorrússia pedindo novas eleições. A Miss Belarus 2008, Olga Jinikova, e uma dezena de jornalistas também teriam sido detidos.

Depois que um grupo no centro da capital foi dispersado pelos serviços de segurança, os manifestantes se espalharam pela cidade, fazendo pequenos protestos e segurando as bandeiras vermelhas e brancas da oposição.

Vídeos mostraram membros do serviço de segurança vestidos de preto carregando cassetetes, perseguindo os manifestantes e levando-os embora em veículos.

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Em um shopping center, os policiais trancaram as portas e começaram a fazer buscas entre os clientes, procurando cartazes da oposição e outros materiais relacionados à manifestação.

Os serviços de segurança também pararam e revistaram carros. A Reuters informa não ter sido capaz de verificar independentemente nenhuma das imagens.

Desde o início das manifestações, milhares de pessoas já foram presas e grupos de defesa dos direitos humanos dizem que centenas de detidos relataram ter sido submetidos a espancamentos e outros abusos.

No sábado, 60 médicos e outros profissionais do setor que se reuniram para um comício foram detidos, segundo a Viasna.

A Bielorrúsia admitiu às Nações Unidas, na semana passada, que não estava investigando uma única alegação de abuso policial, apesar de ter sido criticada desde a eleição pela repressão violenta a manifestantes que se opõem ao governo.

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